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Oi (OIBR3) desaba com custos acima do esperado

12 ago 2022, 11:40 - atualizado em 12 ago 2022, 11:40
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Custos da Oi totalizaram R$ 2,4 bilhões no segundo trimestre, em uma baixa anual de 23,3%.  (Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)

As ações da Oi (OIBR3;OIBR4) desabavam nesta sexta-feira (12) – seguindo a volatilidade comum para a empresa desde que entrou em recuperação judicial -, após reportar custos acima do esperado no segundo trimestre.

Por volta das 11h20, os papéis ordinários da operadora de telefonia caíam 5,08%, a R$ 0,56, enquanto as ações preferenciais recuavam

“Os custos superaram nossas estimativas, o que comprimiu as margens”, resumiu o analista Gabriel Tinem, da Genial Investimentos.

Ele destacou que desvalorização cambial impactou de modo significativo o resultado financeiro, provocando mais prejuízos para a companhia.

A Oi registrou prejuízo de R$ 321 milhões, resultado que representou um recuo anual de 128,1%, com a contribuição negativa de R$ 4,7 bilhões de imposto de renda e contribuição social.

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Custos da Oi (OIBR3)

Os custos da Oi totalizaram R$ 2,4 bilhões no segundo trimestre, em uma baixa anual de 23,3%. A Genial esperava por custos de R$ 2,0 bilhões.

“Nos custos Brasil, a linha que diferiu em grande modo das nossas estimativas foi a de Contingências, Tributos e Outros, devido a um crédito de R$ 144 milhões no trimestre”, disse Tinem.

Segundo ele, a cifra foi resultado da redução nas provisões para o pagamento do Fistel (taxa regulatória da Anatel), decorrente do negócio móvel, que deixou de existir após a venda do ativo.

“Dentro de aluguéis e seguros também superou nossas estimativas, em virtude dos contratos de aluguel com a V.tal, no qual acreditávamos que os efeitos das saída dos ativos seriam mais impactantes”, pontuou.

Impacto da inflação

As demais linhas de custos, segundo a Genial, tiveram impactos em maior ou menor grau da situação macroeconômica, “com questões inflacionárias e necessidade de reajustes dentro da estratégia de gastos, com efeitos mais significativos em pessoal”.

A corretora destacou o crescimento da receita propiciada pela expansão da fibra e da Oi Soluções, juntamente com a contribuição da Serede.

A receita total foi de R$ 2,8 bilhões, queda anual de 36,9%, decorrente sobretudo da redução proveniente da conclusão das vendas dos seus ativos móveis, bem como do controle da V.tal.

“Avaliamos como algo extremamente positivo a conclusão das vendas dos ativos móveis, bem como do controle da InfraCo, o que possibilitou à companhia o pagamento de parte de suas dívidas e o encaminhamento para sua saída da Recuperação Judicial”.

A corretora segue com recomendação de compra para OIRB3, com preço-alvo de R$ 1,10 – o que implica um potencial de alta de 86%.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.