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Oi tem potencial, mas investidor deve priorizar Vivo e Tim, diz Genial

22 jun 2021, 12:06 - atualizado em 22 jun 2021, 12:11
Oi OIBR3 Telecomunicações Operadoras
Em recuperação judicial desde 2016, as ações da Oi viraram uma montanha russa nos últimos anos (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

O setor de telecomunicação passará por mudanças significativas nos próximos anos. A promessa é que com a nova tecnologia 5G, ocorra uma revolução no modo como as pessoas utilizam a internet.

Por isso, ter alguma empresa do setor na carteira parece um bom negócio, mas nem todas.

Segundo a Genial Investimentos em relatório enviado a clientes e obtido pelo Money Times, Tim (TIMP3) e Vivo (VIVT3) são as favoritas para capturar esse movimento.

“As teles estão bem posicionadas diante dessas novas inovações de mercado e já são empresas em um nível de maturidade mais alto, que conseguem proporcionar ainda um bom pagamento de dividendos”, aponta.

Por outro lado, a corretora mantém certo ceticismo em relação aos papéis da Oi (OIBR3;OIBR4).

“Acreditamos que as outras opções também possuem um potencial de gerar um alto retorno para o investidor, sem correrem tanto risco. Não é que não exista upside em Oi, mas ponderando risco e retorno, preferimos recomendar compra em Vivo e Tim”, argumenta.

Veja a recomendação da Genial para as três operadoras:

Empresa Ticker Recomendação Preço-alvo Potencial de valorização*
Tim TIMP3 Compra R$ 19,50 55%
Vivo VIVT3 Compra R$ 60 34%
Oi OIBR3 Manter R$ 1,7 9,60%

*em relação ao fechamento do dia 21 de junho

Oi é uma aventura

Em recuperação judicial desde 2016, as ações da Oi viraram uma montanha russa nos últimos anos. Entre notícias boas e ruins, a tele passará por uma reestruturação, que, de certa forma, é bem vista pelo mercado.

A empresa deixará de ser como era antes, virando uma companhia com 2 pilares centrais: participará como sócia de uma nova empresa de infraestrutura neutra de fibra ótica – InfraCo – e focará na marca Oi para o consumidor, vendendo produtos e serviços de fibra para seus clientes.

“Gostamos bastante do plano estratégico apresentado pela companhia. Direcionar o foco para fibra ótica, que é uma tendência para o setor, é uma boa decisão. Entretanto, os riscos de execução do negócio e de consolidação (ainda mais pela concorrência pesada com as outras empresas do setor) ainda não foram mitigados e não alto”, apontam.

A Genial cita ainda o fato de parte de sua dívida ser em moeda estrangeira, e portanto, sujeitas às oscilações das moedas no mercado internacional.

“Há o risco de “implementação”. O que sabemos é sobre a nova estrutura proposta pela Oi, de manter participação na futura InfraCo, mas não houve comprovação prática que os resultados virão de acordo com o esperado pela companhia”, completa.

Na noite da última segunda-feira, dando prosseguimento à sua recuperação, a Oi informou que irá emitir R$ 2 bilhões em debêntures para financiar as atividades operacionais.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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