Oncoclínicas (ONCO3) rejeita proposta de reestruturação da Starboard e aprova aumento de capital

A Oncoclínicas (ONCO3) rejeitou a proposta de reestruturação financeira feita pela Starboard Asset, mostra fato relevante enviado ao mercado na noite de terça-feira (17).
Ainda que esteja pressionada por prejuízos, queima de caixa a alta alavancagem — o que tornaria um suporte financeiro bem-vindo —, a avaliação é de que os termos propostos não atendem aos melhores interesses dos acionistas.
Segundo o documento, a tomada de decisão sobre a “proposta não solicitada” ocorreu pelo conselho de administração, com suporte de seus assessores jurídicos financeiros e considerou principalmente três fatores: a ausência de indicação de preço, o alto risco de execução, e a indicação de que a Starboard estaria disposta a adquirir dívida da companhia por 50% de seu valor nominal.
A companhia destaca que essa proposta de aquisição da dívida engloba desconto relevante em relação ao preço médio pelo qual a dívida da Oncolínicas é atualmente negociada.
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“Assim, o conselho de Administração da companhia, com o suporte de seus assessores, decidiu por rejeitar a proposta da Starboard, registrando, no entanto, que avaliará eventuais propostas que possam gerar valor para a Companhia e seus acionistas, em cumprindo aos seus deveres fiduciários”, diz o documento.
A administração afirma permanecer executando medidas para aprimorar a estrutura de capital, e otimizar seu posicionamento estratégico conforme as condições de mercado e objetivos de longo prazo.
Nesse sentido, a Oncoclínicas informou no fato relevante que está em tratativas para a rescisão ou renegociação de contratos que implicam em compromissos futuros de desembolso de capital e a venda de sua participação em ativos e projetos considerados como “non core”.
Aumento de capital da Oncoclínicas
Já colocando em prática medidas para fortalecer a estrutura de capital, o fato relevante da Oncolínicas informa ainda um avanço no aumento de capital, após o conselho de administração aprovar a operação, que passará por deliberação em Assembleia Geral Extraordinária marcada para 08 de outubro de 2025.
O aumento de capital irá injetar até R$ 2 bilhões na companhia, com a subscrição privada de até 666.666.667 novas ações, pelo preço de emissão de R$ 3 por ação. A Oncoclínicas estabeleceu um aumento de capital mínimo de R$ 1 bilhão para a homologação.
Ainda, será atribuído bônus de subscrição como vantagem adicional aos compradores, na proporção de um bônus de subscrição para cada uma nova ação adquirida.
Os bônus de subscrição serão atribuídos como vantagem adicional aos donos das novas ações, e cada bônus concederá direito de comprar no futuro uma ação ordinária pelo preço de exercício de R$ 3.