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Organizações sem fins lucrativos recorrem a doações em cripto para combate ao coronavírus

31 mar 2020, 9:08 - atualizado em 31 mar 2020, 9:12
Conforme o COVID-19 leva hospitais nos países mais afetados ao limite, organizações sem fins lucrativos estão em busca de doações em criptoativos (Imagem: Crypto Times)

The Giving Block, uma plataforma de pagamentos em cripto para organizações sem fins lucrativos, lançou uma campanha na última semana pedindo por doações em criptoativos para instituições de caridade que estão combatendo o coronavírus.

Brave, Gemini e outros grandes nomes da indústrias já contribuíram com a causa.

Isso veio após um esquema bem sucedido de arrecadação de fundos da Cruz Vermelha da Itália, que usou a Helperbit, plataforma de doações para caridade alimentada por blockchain, para arrecadar fundos para uma unidade de pré-triagem em tempo recorde.

“Bitcoiners” viram filantropos

De acordo com Davide Menegaldo, COO da Helperbit, a dedução fiscal é o fator principal que pode “ajudar a impulsionar as doações em bitcoin”.

Porém, agora, ele sugere que o maior atrativo é a anonimidade relativa, pois mais de 90% dos doadores à Helperbit preferem permanecer anônimos.

O recente declínio pode tornar este em um péssimo momento para pedir por doações em bitcoin, mas “bitcoiners são movidos por sentimentos filantrópicos”, independente do preço, diz Menegaldo.

A “anonimidade relativa” faz com que grandes nomes da indústria cripto façam suas doações para o combate ao vírus (Imagem: Freepik/rawpixel.com)

A campanha da Cruz Vermelha da Itália, que começou no dia 12 de março, provou a tese dele. Isso definiu altos níveis de referência para as próximas iniciativas, pois US$ 10.710 (cerca de € 10 mil) foram arrecadados em apenas três dias.

Agora, a instituição de caridade planeja arrecadar quase US$ 26 mil para equipamentos de emergência e a Cruz Vermelha dos Países Baixos também lançou uma iniciativa parecida.

The Giving Block lançou uma campanha de arrecadação de fundos para organizações sem fins lucrativos nesta segunda-feira, 30, com a hashtag #CryptoCovid19, e entrou em parceria com Gitcoin para conseguir US$ 100 mil em doações feitas em ether e DAI.

A plataforma oficial de doações da Organização Mundial da Saúde (OMS) não aceita bitcoin. Mas isso não impediu que fraudadores usassem essa situação a seu favor e se passassem por funcionários do Fundo de Resposta Solidária ao COVID-19 com e-mails de phishing para extrair bitcoin de detentores desavisados.

Enquanto isso, CoronaCoin, o controverso projeto de token considerado uma fraude por muitos, conseguiu levantar uma pequena quantia para a Cruz Vermelha. Uma notícia no site do token afirma que aproximadamente US$ 235 em ether foram doados no dia 6 de março.

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