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Mobly (MBLY3) diz que oferta pública de ações foi revogada, mas conflito segue a todo vapor

13 maio 2025, 8:41 - atualizado em 13 maio 2025, 8:41
Mobly
Oferta pública de ações plea Mobly é revogada, em meio a conflitos da companhia com a família fundadora da Tok&Stok (Imagem: Facebook/Mobly)

O conflito entre Mobly (MBLY3) e Tok&Stok parece estar longe do fim, mas no que diz respeito a oferta pública de ações (OPA) que visava a aquisição de 100% das ações da Mobly, houve revogação.

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Segundo fato relevante da Mobly divulgado ao mercado na noite de segunda-feira (12), carta dos ofertantes Regain Participações e Jean Marie Dubrule, confirmou a revogação da OPA.

A intenção da família Dubrule, fundadora da Tok&Stok, de realizar uma oferta pela Mobly veio à tona em março, sendo desde o início classificada como “inviável” pela diretoria e conselho da companhia.

O movimento deu início a um embate com acusações entre as duas gigantes do setor de móveis e decoração, menos de um ano após a união das companhias.

A Mobly chegou a informar ao mercado ter identificado, por meio de uma investigação interna, indícios de uma atuação coordenada e não divulgada na aquisição de suas ações — supostamente em condições diferentes das previstas no edital da oferta pública de ações.

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Após apontar possíveis irregularidades envolvendo a família Dubrule, o Grupo XXXLutz e a Home4 na compra das ações, a Mobly obteve do seu conselho de administração autorização para adotar medidas cabíveis nas esferas administrativa, cível e criminal. Neste momento, sinalizou que pediria o cancelamento da OPA.

Em resposta, a família Dubrule classificou o comunicado da Mobly como “absurdo” e “falacioso”.

Por que houve revogação da OPA?

Na carta desta segunda-feira (12), a Regain Participações e Paul Jean Dubrule apontaram como razões para revogação da OPA:

  • A rejeição pela maioria dos acionistas da Mobly da proposta de remoção da poison pill (pílula de veneno) do estatuto social em assembleia. Esse mecanismo tornaria a aquisição mais cara para os ofertantes caso o controle fosse adquirido sem a remoção;
  • Titulares de debêntures Tok&Stok cancelaram a convocação da assembleia geral de debenturistas marcada para deliberar sobre a concessão da anuência dos debenturistas;
  • A impossibilidade de convocar nova assembleia para deliberar sobre a remoção do mecanismo de poison pill antes da data prevista para o leilão da OPA;
  • A falta de uma nova decisão judicial esperada pelos ofertantes que reconhecesse a honestidade da oferta, o que poderia ter influenciado acionistas e detentores de debêntures a reconsiderarem suas posições.

Apesar da revogação, o conflito parece seguir a todo vapor. Na carta, a família Drubrule expressa convicção na credibilidade da oferta, alegando que as ações da administração da Mobly — ao apontar acordos irregulares envolvendo a OPA — influenciaram negativamente as decisões dos debenturistas e acionistas.

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A família afirmou ainda que, embora a Mobly tenha conseguido o que queria com o cancelamento da OPA, os ofertantes buscarão alternativas para assegurar a viabilização da continuidade operacional da companhia, e a substituição imediata da atual administração.

“Sob pena de a Mobly caminhar para situação de irremediável insolvência — pelo que poderão responder pessoalmente, perante acionistas e credores, os administradores que conduziram campanha inescrupulosa contra a oferta”, diz a carta.

A turbulenta história entre Mobly e Tok&Stok

Em agosto de 2024, a Mobly anunciou acordo com a gestora SPX, controladora da Tok&Stok, para assumir o controle da companhia. A fusão criou um gigante no mercado de móveis e decoração. Contudo, o negócio não foi bem recebido pela família fundadora da Tok&Stok, que recorreu à  Justiça para contestar a operação.

Régis Dubrule, fundador da Tok&Stok, criticou publicamente a combinação de negócios. “É o abraço de afogados, mas nós sabemos nadar. Estamos absolutamente convencidos de que conseguimos salvar a Tok&Stok sozinhos”, disse na época em entrevista ao Estadão/Broadcast.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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