Opinião: Câmbio abaixo de R$3,00? Bull contra Bear
Paulo Gala é doutor em economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-EESP) e economista da Fator Administração de Recursos
O ajuste de contas externas e a desvalorização da taxa nominal e real na direção do equilíbrio vieram finalmente em 2015, após um soluço em 2008.
Feito o ajuste externo que trouxe nosso déficit em conta corrente de -4% do PIB para próximo de -2%, os mercados começam a dar sinais de nova euforia adiante, repetindo um movimento visto por aqui entre 2003 e 2013.
É importante notar que num ambiente de conta capital aberta e na presença de mercados de derivativos com altíssima liquidez, a determinação da cotação da taxa de cambio depende da tradicional dinâmica minskyana de “boom” (touro) e “bust” (bear).
O gráfico acima mostra a correlação histórica entre risco Brasil (CDS) e nível da taxa de cambio nominal (BRL), para vários níveis de SELIC.
Ver também: http://www.paulogala.com.br/juros-e-cambio-devem-sofrer-forte-queda-no-brasil/