Política

Oposição oferece notícia-crime ao STF contra Bolsonaro e ministro da Educação

22 mar 2022, 18:06 - atualizado em 22 mar 2022, 18:06
Jair Bolsonaro
A notícia-crime pede que seja apurada a responsabilidade penal e administrativa de Bolsonaro e Ribeiro e que sejam tomadas “medidas urgentes” para coibir as ações (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

A Minoria da Câmara dos Deputados, grupo de deputados de partidos de oposição, apresentou notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira contra o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Educação, Milton Ribeiro, após a divulgação de áudio em que chefe da pasta diz favorecer prefeituras a pedido de pastores e por orientação do presidente da República.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A notícia-crime pede que seja apurada a responsabilidade penal e administrativa de Bolsonaro e Ribeiro e que sejam tomadas “medidas urgentes” para coibir as ações.

“Infelizmente, não é de hoje que o governo federal foi transformado num espaço que não há debate do interesse público. O que ocorre é a partilha do Orçamento e das ações governamentais entre os amigos do presidente da República e de seus apoiadores”, argumenta a peça apresentada nesta terça-feira pela Minoria.

“Em suma, o sr. Milton Ribeiro está se utilizando do cargo de ministro da Educação para direcionar a atuação da pasta, com o evidente fito de contemplar pastores aliados que criaram um gabinete paralelo no ministério”, acrescenta.

Reportagem do jornal Folha de S.Paulo revelou na segunda-feira um áudio em que o ministro afirma que o governo prioriza prefeituras cujos pedidos de liberação de verba foram negociados por dois pastores.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ribeiro diz ainda, no áudio, que tal atuação atende a pedido de Bolsonaro, em vez de seguir critérios objetivos e técnicos, e também cita pedidos de apoio supostamente direcionados para construção de igrejas.

Em nota divulgada nesta terça, o ministro nega qualquer pedido da parte do presidente da República e afasta a possibilidade de ele determinar a alocação de recursos para favorecer ou prejudicar qualquer município ou Estado.

“Registro ainda que o presidente da República não pediu atendimento preferencial a ninguém, solicitou apenas que pudesse receber todos que nos procurassem, inclusive as pessoas citadas na reportagem. Da mesma forma, recebo pleitos intermediados por parlamentares, governadores, prefeitos, universidades, associações públicas e privadas”, disse o ministro na nota, afirmando ainda que as solicitações são encaminhadas para as áreas técnicas da pasta, que as avaliam de acordo com a legislação e sob os princípios da legalidade e impessoalidade.

“Diferentemente do que foi veiculado, a alocação de recursos federais ocorre seguindo a legislação orçamentária, bem como os critérios técnicos do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE)”, diz a nota.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar