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Órama caminha para ser a “Globo Play” dos investimentos

27 jul 2017, 10:34 - atualizado em 05 nov 2017, 13:59

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O mercado de fintechs, distribuidoras, corretoras e bancos de investimentos parece estar em outro país e não no Brasil. A movimentação de fusões e aquisições e lançamentos de novas plataformas segue em um ritmo curioso para um momento de recessão e aguda crise política. Talvez o que mais chamou a atenção após a aquisição da XP pelo Itaú (49%, mas com opção de adquirir o controle) foi a compra de uma participação minoritária da Órama pela Globo.

O interesse da líder das comunicações em participar desta onda revela o apetite pela grande fila de brasileiros que ainda guardam quase R$ 700 bilhões na poupança. Agora, com o apoio da Globo, a Órama pretende saltar dos atuais 20 mil clientes para 100 mil em 2018, explica o CEO da plataforma de investimentos, Habib Nascif C. Neto, em entrevista ao Money Times. Ele ressalta que a transação da XP acelerou as conversas com interessados e que resultou na associação com a empresa de mídia.

Estratégia

“A Globo está com uma experiência muito boa na parte digital. Um exemplo disso é o que eles estão fazendo com o Globo Play, além da boa experiência com o Zap, que funcionou bem para os imóveis. Eles viram na Órama um braço para entrar na área de produtos financeiros. É uma participação minoritária, mas importante e com um valor que vai ajudar a acelerar os novos produtos. Isso também trará uma exposição maior na mídia, mas sempre com a ideia de educação financeira”, destaca Neto.

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Quem assiste aos canais da Globosat ou escuta alguma emissora da rádio Globo já tem sido impactado pelas campanhas publicitárias. “Fomos a primeira plataforma do Brasil a ter o custo zero. Já nascemos assim e precisávamos nos comunicar mais. Hoje, com tantas alternativas no mercado, ainda somos a única que viabiliza a aplicação com fundos da JGP, BTG, e outras casas, com um mínimo de mil reais”, lembra o executivo.  Outro ponto ressaltado por Neto é a manutenção da independência no relacionamento com os clientes.

“Quais são realmente as plataformas digitais? Tem a do banco Original, que não é aberta. O BTG é ligado ao banco e tenta ser uma plataforma aberta. A Genial está ligada ao Banco Plural. A única plataforma que não está ligada a um grande banco somos nós. Talvez a Easynvest também, que tem a Advent como sócio, esteja em uma situação parecida. A manutenção da independência foi muito importante”, afirma o CEO. 

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Projetos

A Órama tem trabalhado para ampliar o número de parceiros que estão associados e plugados na plataforma. E, além disso, busca fazer com que cada um possa também mostrar aos clientes toda a gama de produtos que oferece.

“Isso ajuda o gestor a entrar no varejo e nós ajudamos com os controles. São 80 fundos que escolhemos conforme o perfil do cliente. Hoje o agente autônomo pode vender qualquer produto que ele ache adequado para o cliente dele, não só os que oferecemos para os clientes”, diz Neto.

A Órama também trabalha para ter na prateleira produtos de seguros, previdência e debêntures. Além disso, a oferta de títulos públicos e de Bolsa, na parte de custódia, está no processo final de implementação. Os desenvolvedores da empresa também devem liberar a transferência da posição nos bancos e ainda a possibilidade de fazer o mesmo com os fundos sem a necessidade de resgatar as cotas para concentrar todos os rendimentos do cliente em um lugar só.

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“A ideia é passar para o cliente a experiência mais digital possível”, promete o CEO.

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Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
gustavo.kahil@moneytimes.com.br
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.