Mercados

Órgão de risco do G20 alerta para possível colapso nos mercados financeiros

13 out 2025, 6:35 - atualizado em 13 out 2025, 6:35
G20
G20 afirma que guerra comercial deixa mercados vulneráveis a colapso (Reuters/Kim Kyung-Hoon)

A recente disparada nos preços das ações globais e de outros ativos deixou os mercados vulneráveis a um colapso, dado o atual cenário de incerteza econômica e geopolítica, alertou nesta segunda-feira (13) o órgão de monitoramento de riscos do G20.

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O presidente do Conselho de Estabilidade Financeira (FSB), Andrew Bailey, afirmou em uma carta aos ministros do G20 que os riscos elevados tornam crucial a manutenção da cooperação multilateral, não apenas para prevenir crises, mas também para sustentar um crescimento econômico duradouro.

“Embora a maioria das jurisdições tenha registrado uma recuperação nos mercados financeiros nos últimos meses, as avaliações atuais podem estar em desacordo com o cenário econômico e geopolítico incerto, deixando os mercados vulneráveis a um ajuste desordenado,” afirma a carta datada de 8 de outubro e publicada antes das reuniões do G20 que ocorrem esta semana em Washington.

O alerta surgiu poucos dias antes de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçar impor “tarifas massivas” à China em retaliação às restrições chinesas sobre exportações de terras raras, um movimento que provocou a maior queda de Wall Street em quase seis meses.

Bailey também chamou a atenção para a alta contínua dos níveis de dívida soberana, observando que as vulnerabilidades no sistema financeiro permanecem elevadas.

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“A necessidade de padrões globais e cooperação internacional continua sendo abundantemente clara,” reforçou na carta.

Como resposta aos riscos crescentes, o FSB, que reúne bancos centrais e reguladores financeiros dos países do G20, irá mudar o foco de sua atuação, segundo Bailey.

O órgão deve deixar de priorizar o desenvolvimento de políticas para se concentrar no monitoramento e na implementação das reformas financeiras globais já acordadas, mas que ainda não foram plenamente cumpridas.

“A eficácia dessas medidas depende de sua implementação oportuna, consistente e abrangente em todas as jurisdições,” concluiu Bailey.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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