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Os 8 setores e ações mais resistentes ao coronavírus na Bolsa, segundo a XP

18 mar 2020, 11:09 - atualizado em 18 mar 2020, 11:10
Tampa da cerveja Brahma, da Ambev
Ambev: empresa tem mais caixa do que dívidas, destaca a XP Investimentos (Imagem: Divulgação/Facebook/Brahma)

Em tempos de pandemia de coronavírus e circuit breakers, encontrar ações capazes de resistir às adversidades ocupa o centro das atenções de investidores e analistas. A equipe de research da XP Investimentos apresentou suas recomendações em um extenso relatório nesta terça-feira (17).

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A seleção priorizou o nível de endividamento das companhias listadas na B3 (B3SA3), “por conta do impacto no fluxo de caixa esperado para os próximos meses, aliado à necessidade de serviço da dívida, e à maior dificuldade em emissão de dívidas e ações”, explica a gestora de investimentos.

Para começar, a XP destaca os setores mais frágeis, isto é, que devem sofrer mais com a pandemia de coronavírus e seus efeitos sobre a economia. A gestora considera que os impactos operacionais serão “de médias a altos” nas companhias aéreas, varejo, bancos e distribuição de combustíveis.

Por outro lado, os setores e empresas mais imunes à contaminação, segundo a XP, são:

1. Empresas de saneamento e energia elétrica: por contarem com receitas contratadas e atuarem num mercado cativo, devem apresentar maior estabilidade e menor correlação com o nível de atividade econômica.

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A XP cita, como exemplos, a Engie (EGIE3), Taesa (TAEE11), Transmissão Paulista (TRPL4), Sanepar (SAPR11) e Copasa (CSMG3).

2. Ambev (ABEV3): apesar de sentir o impacto da crise, a XP destaca que a maior cervejaria das Américas possui mais caixa do que dívidas. Portanto, não há preocupação com seu nível de endividamento e sua liquidez.

3. Magazine Luiza (MGLU3): sim, é verdade, a XP afirma que as varejistas estarão entre as maiores vítimas do coronavírus. Mas, para a gestora, o Magazine Luiza é uma exceção: possui uma atuação forte em varejo online, que deve compensar a queda das vendas nas lojas físicas.

Além disso, é a empresa com o “balanço mais sólido”, entre as cobertas pela gestora, com caixa líquido de R$ 3,9 bilhões.

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4. Lojas Renner (LREN3): outra varejista que merece destaque, segundo a XP, pela sua capacidade de execução e pela sua baixa exposição a produtos importados (o que a protege da disparada do dólar). A Renner também possui um “balanço sólido” e um dos menores níveis de endividamento, entre as empresas cobertas pela gestora.

Luiza, avatar do Magazine Luiza
Diversificação: forte presença no e-commerce é trunfo do Magazine Luiza neste momento (Imagem: Divulgação/Magazine Luiza/Facebook)

5. Vale (VALE3): é uma aposta de risco da XP, baseada na expectativa de que a China retome, gradualmente, seu nível de atividade. Mas a gestora reconhece que há fatores que devem ser monitorados: uma eventual queda no preço do minério de ferro e medidas para interromper os embarques para o exterior.

A seu favor, a XP afirma que a Vale já caiu demais e passou a ser negociada por múltiplos muito descontados.

6. Suzano (SUZB3): também é um papel com prós e contras. A gestora argumenta que a demanda por papeis sanitários (tissue) é mais resiliente, e os preços da celulose na China já caíram tudo o que poderiam. Além disso, por ser exportadora, o dólar caro a favorece.

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Os riscos estão no nível de endividamento da companhia, o que pode impactar a relação EV/ebitda no curto prazo.

Marfrig: nível saudável de endividamento é destacado pela XP (Imagem: Divulgação/Marfrig)

7. Proteínas animais: a expectativa é de que o incentivo governamental ao consumo possa sustentar as vendas, já que os supermercados são um canal de distribuição mais importante, para o setor, que bares e restaurantes. A XP acrescenta que a China está se normalizando, e os EUA continuam com consumo positivo.

Os exemplos da gestora são JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3), que se destacariam pelos “níveis saudáveis” de endividamento e liquidez.

8. Bancos: sim, a XP afirma que, no geral, os bancos devem sofrer com o coronavírus. Mas, recomenda ficar de olho nos “que estão bem capitalizados”. Em tese, o Banco do Brasil (BBAS3) estaria nessa situação, dada sua exposição ao crédito rural – um setor mais estável e regulado.

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Mas, para a gestora, a maior segurança está no Itaú Unibanco (ITUB4), por ser menos alavancado e ser historicamente menos volátil na bolsa.

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
marcio.juliboni@moneytimes.com.br
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