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Os melhores papéis do setor elétrico para ganhar com a alta das ações ou com dividendos

24 fev 2020, 16:13 - atualizado em 24 fev 2020, 16:13
Energia Eletrobras
Reserva de ganhos: ações do setor elétrico bateram o Ibovespa em 2019 (Imagem: Facebook/Divulgação/Eletrobras)

O setor elétrico superou o Ibovespa em oito dos últimos dez anos. Em 2019, por exemplo, o IEE, índice das empresas do setor listadas na bolsa, bateu o Ibovespa com folga, num ano em que o principal indicador da B3 bombou: 56% a 32%.

Os analistas não esperam um desempenho tão impressionante neste ano, mas ainda já boas opções para quem quer lucrar com o setor.

O Banco Safra, por exemplo, analisou o retorno potencial das 16 companhias de energia elétrica listadas na bolsa, e destacou as mais indicadas para quem deseja ganhar com a valorização dos papéis e para quem busca uma boa fonte de dividendos.

Assinado pelos analistas Kaique Vasconcelos e Daniel Travitzky, o relatório cita, também, as companhias que já deram o que tinham que dar – e, portanto, não merecem a atenção dos investidores neste ano.

Há, inclusive, dois papéis que devem perder valor: a Cesp (CESP6) e Copel (CPEL6), com quedas previstas de 5,8% e 7,1%, respectivamente.

Para o alto

Se você busca ações com forte potencial de alta, a sugestão do Safra é a Eletrobras. O banco estima que suas ordinárias (ELET3) podem subir mais de 50%. As preferenciais (ELET6) também não devem fazer feio, com uma alta potencial de 46%.

Sossego: AES Tietê é a dica do Banco Safra para quem busca dividendos (Foto: Divulgação/AES Tietê)

O otimismo dos analistas é resumido do seguinte modo no texto: “é tudo sobre a privatização”, referindo-se à expectativa de que a companhia federal seja vendida para a iniciativa privada nos próximos meses.

Na ponta oposta, o desânimo do Safra com a Cesp e a Copel referem-se, entre outros motivos, ao fato de que alguns dos principais fatores para o crescimento das companhias já estão precificados.

Além disso, as diretorias de ambas precisam mostrar mais serviço, seja cumprindo o cronograma de investimentos, seja mostrando comprometimento com os projetos já anunciados.

Dividendos

Para os investidores que preferem obter renda por meio de dividendos, a AES Tietê (TIET11) é a melhor opção, segundo o Safra. O dividend yield projetado para 2020 é de 8,6%.

O banco justifica o destaque, argumentando que a taxa interna real de retorno da companhia é “justa”, além de seu histórico de “bom pagador de dividendos” no setor.

Veja, a seguir, o potencial de valorização das empresas do setor elétrico, e quanto devem distribuir em dividendos neste ano, segundo o Banco Safra.

As ações com o maior potencial de valorização.

Potencial

de valorização (%)

Empresa Ticker Preço-alvo Recomendação
52,2 Eletrobras ELET3 53,8 outperform
46,8 Eletrobras ELET6 55,3 outperform
19 Light LIGT3 26,2 neutro
14,8 Energisa ENGI11 66,8 outperform
14,4 CPFL CPFE3 43,1 outperform
14,1 Cemig CMIG4 16,9 outperform
13,3 Neoenergia NEOE3 29,8 outperform
10,6 Alupar ALUP11 32,1 neutro
8,7 Energias do Brasil ENBR3 23,5 neutro
8,4 Equatorial EQTL3 28,3 outperform
4,3 Engie EGIE3 52,7 neutro
1,9 AES Tietê TIET11 16,3 neutro
1,9 Taesa TAEE11 16,3 neutro
0,8 Transmissão Paulista TRPL4 22,6 neutro
-5,8 Cesp CESP6 31,8 neutro
-7,1 Copel CPEL6 72,6 neutro

As ações com o maior dividend yield.

Dividend yield

2020 (%)

Empresa Ticker
8,6 AES Tietê TIET11
7,2 Taesa TAEE11
6,7 CPFL CPFE3
6,2 Engie EGIE3
6,1 Light LIGT3
5,7 Transmissão Paulista TRPL4
4,5 Cemig CMIG4
4,1 Eletrobras ELET6
3,5 Alupar ALUP11
3,2 Eletrobras ELET3
3,2 Energias do Brasil ENBR3
2,7 Cesp CESP6
2,5 Neoenergia NEOE3
2 Copel CPEL6
1,9 Energisa ENGI11
1 Equatorial EQTL3

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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