Economia

Os planos do governo para salvar exportadores afetados pelas tarifas dos EUA

27 jul 2025, 10:41 - atualizado em 27 jul 2025, 10:41
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Pacote emergencial do governo deve priorizar produtores de frutas, pescadores e pequenos exportadores; plano prevê subsídios, crédito e articulação internacional. (Imagem: tzahiV/Getty Images Signature)

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está finalizando um pacote emergencial para apoiar exportadores brasileiros que serão atingidos pela tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos.

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Segundo informações do jornal O Globo, o plano prioriza setores mais vulneráveis, como o de produtos perecíveis — peixes e frutas, por exemplo — e empresas de menor porte.

A ideia é adotar medidas com impactos em diferentes prazos: 30, 60 e 90 dias. Produtos com maior perecibilidade, como manga, melão, mamão e atum, estariam entre os primeiros a receber suporte. Exportações como café, carnes e suco de laranja, que têm maior capacidade de estocagem, seriam contempladas em etapas posteriores.

O governo avalia que, diante do bloqueio político nas negociações com os EUA, o tarifaço deve entrar em vigor no dia 1º de agosto. Interlocutores do Planalto relataram ao jornal que não houve avanços nos contatos com a Casa Branca, e que as decisões estão centralizadas no presidente Donald Trump.

Subsídios e crédito emergencial contra as tarifas

Uma das propostas em análise é oferecer subsídios para que produtos com valor elevado no mercado externo possam ser vendidos internamente com preços mais acessíveis, como no caso do atum cearense, que tem 55% de sua produção destinada aos EUA. Técnicos dizem que a compra e o estoque pelo governo federal seriam caros, por isso a alternativa mais viável seria compensar financeiramente os produtores.

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Linhas de crédito específicas também estão no plano, com foco em pequenos negócios. O governo avalia que empresas de médio e grande porte teriam mais capacidade de buscar financiamento ou até mesmo recorrer judicialmente contra a medida americana. O custo preliminar para a linha de crédito seria semelhante ao desembolso feito em apoio ao Rio Grande do Sul após as enchentes de 2024 — cerca de R$ 6 bilhões.

Os recursos podem vir por meio do Fundo Garantidor de Operações (FGO), com condições especiais de juros e carência.

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Coordenadora de redação
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.