Mercados

Ouro sobe mais de 1% e encerra semana em forte alta com escalada do conflito entre Israel e Irã

13 jun 2025, 15:32 - atualizado em 13 jun 2025, 15:43
ouro
O ouro registrou alta de mais de 1% e teve valorização de mais de 3% com dados de inflação mais fraca nos EUA e tensão entre Israel e Irã (Imagem: Freepik/Wirestock)

O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, encerrou a sessão desta sexta-feira (13) em dupla alta com a escalada das tensões no Oriente Médio.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O contrato mais líquido do ouro, com vencimento em agosto, subiu 1,48%, a US$ 3.452,80 por onça-troy na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), nos EUA.



Na semana, o ouro acumulou valorização de 3,17%. 

Com a recente alta, o Goldman Sachs reiterou a visão de que as compras estruturalmente fortes dos Bancos Centrais elevarão o preço do ouro para US$ 3.700 por onça-troy até o final de 2025. Nas contas do banco, o metal precioso deve atingir a cotação histórica de US$ 4 mil por onça-troy em meados do próximo ano.

O Bank of America (BofA) também tem previsão de ouro a US$ 4 mil por onça-troy nos próximos 12 meses.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ouro: tensão no Oriente Médio

Depois de semanas de realização, o ouro ganhou força com a escalada das tensões no Oriente Médio, assim como os ativos como dólar e títulos do Tesouro norte-americano.

O metal precioso reagiu aos ataques aéreo de Israel contra o Irã durante a madrugada desta sexta-feira (13) — ainda noite da quinta-feira (12)  no Brasil.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que seu país lançou uma “operação militar direcionada” contra o programa nuclear e de mísseis balísticos do Irã. O Irã afirmou ter lançado cerca de 100 drones contra Israel em retaliação.

“Esta operação continuará por quantos dias forem necessários para remover esta ameaça”, disse Netanyahu. Segundo ele, o eventual desenvolvimento de bombas nucleares iranianas representaria uma ameaça existencial ao futuro dos israelenses. “Se o Irã tiver armas nucleares, nós não vamos existir aqui”, disse.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No início do tarde, as Forças de Defesa israelenses identificaram mísseis do Irã em direção a Israel, em meio a relatos de explosões em algumas das principais cidades israelenses.

Além do conflito geopolítico, a valorização do ouro na semana foi impulsionada por dados mais fracos de inflação nos Estados Unidos: o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,1% em maio, abaixo do esperado. Em 12 meses, a inflação acumula alta de 2,4% — ainda acima da meta do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA)..

O dado, embora não seja a referência de inflação para o Fed, reforçou a expectativa de cortes nas taxas de juros norte-americanos. Hoje, o mercado precifica um início de afrouxamento monetário a partir de setembro, com redução de 50 pontos-base até dezembro deste ano. Os juros dos EUA estão na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano.

O ouro é amplamente considerado um ativo seguro de reserva de valor, especialmente em períodos de turbulência econômica e instabilidade geopolítica. O metal precioso também tende a prosperar em um ambiente de juros mais baixos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.