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Ouro tem 4ª sessão consecutiva de ganhos com tensão entre EUA e China e ultrapassa US$ 4,2 mil por onça-troy

15 out 2025, 16:43 - atualizado em 15 out 2025, 16:51
ouro
(Imagem: Freepik/Wirestock)

O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, fechou em alta pela quarta sessão consecutiva nesta quarta-feira (15), superando o nível de US$ 4.200 por onça-troy pela primeira fez na história.

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O enfraquecimento do dólar, em meio a expectativa de corte nos juros dos Estados Unidos, e os desdobramentos das tensões comerciais entre o país norte-americano e a China deram um novo impulso ao metal precioso.

O contrato mais líquido do ouro, com vencimento em dezembro, fechou com avanço de 0,91%, a US$ 4.201,60 por onça-troy na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), nos EUA.

Durante a sessão, o ouro também renovou a máxima histórica intradia ao atingir a cotação de US$ 4.235,80 por onça-troy.



O que mexeu com o ouro?

A forte valorização do ouro foi impulsionada, mais uma vez, pela crescente aversão a risco dos investidores globais.

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A escalada da tensão comercial entre os Estados Unidos e a China ganhou um novo desdobramento nesta quarta-feira (15). O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou uma taxa de 100% sobre produtos construção naval e afins fabricados país asiático. As novas tarifas entram em vigor em 9 de novembro.

Ontem (14), os dois países começaram a cobrar taxas portuárias adicionais de transporte marítimos, depois de um breve alívio no último fim de semana.

A China disse que começou a cobrar taxas especiais sobre navios de propriedade, operados, construídos ou com bandeira dos EUA, mas esclareceu que os navios construídos no país estarão isentos das taxas.

Vale lembrar que na última sexta-feira (10), o presidente norte-americano, Donald Trumpameaçou impor uma tarifa adicional de 100% sobre os produtos chineses em retaliação às restrições impostas por Pequim às exportações de terras raras.

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Para o diretor do Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano), Stephen Miran, as novas tensões comerciais entre EUA e China representam novos riscos negativos para as perspectivas econômicas e dá mais urgência à necessidade do BC norte-americano de cortar os juros.

“Temos que reconhecer que há alguma diferença agora em relação ao que pensávamos há uma semana”, antes de a China anunciar novas restrições à exportação de minerais de terras raras, essenciais para a fabricação de produtos de alta qualidade, disse Miran no Fórum CNBC Invest in America.

“Agora há mais riscos negativos do que há uma semana, e cabe a nós, como formuladores de política monetária, reconhecer que isso deve se refletir nas próximas decisões. Torna-se ainda mais urgente que cheguemos rapidamente a uma posição mais neutra na política monetária”.

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, em comentários no mesmo fórum, disse que os EUA e a China estavam continuando a conversar.

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O enfraquecimento do dólar também continua a contribuir para o desempenho do ouro, em meio a expectativas de corte nos juros nos EUA e discursos divergentes dos diretores do Fed.

Na tarde desta quarta-feira (15), os operadores viam  97,8% de chance de o Fed cortar os juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,75% a 4,00%, na próxima decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) em 29 de outubro.

Ontem (14), a probabilidade era de 97,3%, segundo a ferramenta FedWatch, do CME Group.

*Com informações de Reuters

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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