Mercados

Ouro recua mais de 5% pela primeira vez em 12 anos com fortalecimento do dólar

21 out 2025, 16:05 - atualizado em 21 out 2025, 16:19
ouro china valor recorde
(Imagem: Konomista)

O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, encerrou a sessão desta terça-feira (21) em forte queda, em um movimento de correção de ganhos e pressionado pelo fortalecimento do dólar.

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O contrato mais líquido do ouro, com vencimento em dezembro, fechou com recuo de 5,74%, a US$ 4.109,10 por onça-troy na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), nos EUA.



De acordo com a Dow Jones Market Data, essa foi a primeira vez que o ouro caiu mais de 5% em uma sessão desde 2013.

A forte realização do metal precioso acontece um dia após a commodity renovar um recorde nominal histórico. Ontem (20), o contrato mais líquido do ouro encerrou as negociações cotado a US$ 4.381,21 por onça-troy. 

Apesar da queda desta terça-feira (21), o ouro ainda acumula valorização de mais de 60% desde janeiro. 

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O que mexeu com o ouro?

Depois de uma sequência de recordes, o ouro perdeu força com a melhora do apetite ao risco dos investidores e com o fortalecimento do dólar ante moedas fortes.

Nesta terça-feira (21), a divisa norte-americana retomou o ritmo de altas frente a moedas fortes. A movimentação foi impulsionada por notícias provindas do Japão, com foco em receios com uma política fiscal mais expansionista.

Por lá, a conservadora “linha-dura” Sanae Takaichi foi eleita a primeira mulher primeira-ministra e o esperado é que ela retome estímulos governamentais para tentar impulsionar a economia, sobrecarregada por crescimento lento e preços em alta.

Já os analistas do Citi avaliam que o fim da paralisação do governo norte-americano combinado com anúncios de acordos comerciais entre os Estados Unidos e a China, que são esperados pelo mercado, devem contribuir para a consolidação dos preços do ouro nas próximas três semanas.

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Hoje (20), o presidente norte-americano Donald Trump colocou em dúvida a realização de uma reunião bilateral com o presidente da China, Xi Jinping. Em evento na Casa Branca, o mandatário também afirmou que o encontro segue previsto para o início de novembro na Coreia do Sul.

O mercado também ficou à espera de novos dados econômicos os EUA. Há a expectativa de que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) seja divulgado na próxima sexta-feira (24), depois do breve adiamento devido ao shutdown — que está em seu 21º dia.

Segundo os analistas consultados pela Reuters, a inflação norte-americana deve registrar alta de 3,1% em setembro na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

Os operadores do mercado, por sua vez, já precificam um corte de 0,25 ponto percentual nos juros dos EUA pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano), para a faixa de 3,75% a 4,00%. A reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) está prevista para os dias 28 e 29 de outubro.

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*Com informações da Reuters

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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