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Ouro renova recorde e encosta em US$ 4 mil por onça-troy de olho em paralisação do governo dos EUA

29 set 2025, 15:39 - atualizado em 29 set 2025, 15:39
ouro
O ouro ultrapassou a marca histórica de US$ 3.800 por onça-troy nesta segunda-feira (29) em meio a incertezas fiscais dos EUA (Imagem: Freepik/Wirestock)

O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, encerrou a sessão desta segunda-feira (29) em recorde nominal histórico em meio a fraqueza do dólar e temores de uma paralisação (shutdown, em inglês) do governo dos Estados Unidos (EUA).

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O contrato mais líquido do ouro, com vencimento em dezembro, fechou em alta de 1,21%, a US$ 3.855,20 por onça-troy na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), nos EUA. Essa foi a terceira alta consecutiva da commodity.

Durante a sessão, o metal precioso atingiu a máxima intradia de US$ 3.862,20 por onça-troy.



O que mexeu com o ouro?

O metal precioso teve um novo impulso com a ameaça de uma paralisação (shutdown) do governo norte-americano. O presidente do país, Donald Trump, planeja uma reunião com líderes democratas e republicanos do Congresso para evitar o shutdown até a noite de amanhã (30). A expectativa é de que o encontro aconteça ainda nesta segunda-feira (29).

O avanço das apostas de corte nos juros dos Estados Unidos pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Fomc, na sigla em inglês), que acontece em dezembro, também movimentou as negociações do ouro.

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De acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group, o mercado vê 89,3% de chance de o BC dos EUA reduzir os juros em 0,25 ponto percentual em setembro. Na última sexta-feira (26), a probabilidade era de 87,7%. Hoje, a taxa está na faixa de 4,00% a 4,25% ao ano.

A perspectiva de cortes pressionou o dólar, que acumula desempenho negativo ante moedas globais. Desde janeiro, o índice do dólar, o DXY, já caiu quase 10% em meio à incertezas sobre a política comercial adotada pelo presidente norte-americano, Donald Trump.

Em linhas gerais, uma moeda mais fraca torna o ouro, cotado em dólar, mais atrativo para detentores de outras divisas.

Os investidores ainda ficaram à espera do relatório de empregos dos Estados Unidos, o payroll.

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O documento mensal será divulgado na próxima sexta-feira (3) e deve apontar a abertura de 51 mil postos de trabalho em agosto, de acordo com a mediana das Projeções do Investing.com. Em agosto, o país registrou a criação de 22 mil vagas de emprego.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.