Ouro fecha em alta, renova recorde e sobe quase 20% no trimestre

O ouro estendeu os ganhos da véspera e terminou a sessão desta terça-feira (30) em novo recorde nominal histórico, em meio a temores de uma paralisação (shutdown, em inglês) do governo dos Estados Unidos (EUA) e dda continuidade da fraqueza do dólar.
O contrato mais líquido do ouro, com vencimento em dezembro, fechou em alta de 0,47%, a US$ 3.873,20 por onça-troy na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), nos EUA. Essa foi a quarta alta consecutiva da commodity.
Ontem (29), o metal, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, encerrou o dia a US$ 3.855,20 por onça-troy.
Durante a sessão, o ouro também renovou a máxima histórica intradia, a US$ 3.899,20 por onça-troy.
Com os sucessivos ganhos, o metal acumulou valorização de 10,2% em setembro e um salto 17,1% no trimestre.
O que mexeu com o ouro?
O metal precioso teve um novo impulso com a ameaça de uma paralisação (shutdown) do governo norte-americano. Ontem (29), o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, disse que uma paralisação do governo é provável, já que as negociações orçamentárias com os democratas estagnaram.
O shutdown, caso aconteça, pode atrasar a divulgação dos dados cruciais sobre empregos, como o payroll — previsto para a próxima sexta-feira (3).
A perspectiva de cortes nas taxas de juros dos Estados Unidos pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) também tem pressionado o dólar, que acumula desempenho negativo ante moedas globais. Desde janeiro, o índice do dólar, o DXY, já caiu quase 10%.
De acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group, o mercado vê 96,2% de chance de o BC dos EUA reduzir os juros em 0,25 ponto percentual em setembro. Na véspera, a probabilidade era de 89,8%. Hoje, a taxa está na faixa de 4,00% a 4,25% ao ano.