Mercados

Ouro ultrapassa a marca de US$ 4 mil por onça-troy pela 1º vez e renova recorde

07 out 2025, 16:25 - atualizado em 07 out 2025, 16:31
ouro - mercados
O ouro ultrapassou a marca histórica de US$ 4 mil por onça-troy e renovou o recorde de fechamento com o shutdown dos EUA no foco das atenções (Imagem: Freepik/Wirestock)

O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, engatou a terceira alta consecutiva e renovou os recordes intradia e de fechamento nesta terça-feira (7) com a paralisação (shutdown, em inglês) do governo dos Estados Unidos e a crise política na França.

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O contrato mais líquido do ouro, com vencimento em dezembro, fechou com avanço de 0,71%, a US$ 4.004,40 por onça-troy na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), nos EUA. Esse é o novo maior nível nominal de fechamento do metal precioso.

Durante a sessão, o ouro também renovou a máxima histórica intradia ao atingir a cotação de US$ 4.014,60 por onça-troy.



O que mexeu com o ouro?

A paralisação (shutdown) do governo norte-americano entrou no sétimo dia consecutivo. Ainda não há perspectiva de consenso entre os democratas e os republicanos no Congresso para um novo financiamento da máquina pública.

Até agora, o presidente norte-americano, Donald Trump, determinou o congelamento de US$ 26 bilhões para Estados com tendência democrata, cumprindo a ameaça de usar a paralisação para atingir as prioridades democratas.

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shutdown, além de afetar o funcionamento de órgãos públicos, tem atrasado a divulgação dos dados cruciais sobre empregos, como o payroll — que estava previsto para a última sexta-feira (3).

A Europa também é um ponto de atenção dos investidores —gerando maior aversão a risco e, assim, beneficiando o ouro.

Na França, o presidente Emmanuel Macron, enfrenta uma pressão crescente para renunciar ou realizar uma eleição parlamentar antecipada para acabar com o caos político que forçou a renúncia de cinco primeiros-ministros em menos de dois anos.

Nesta segunda-feira (6), o novo primeiro-ministro da França, Sebastien Lecornu, e seu governo renunciaram. A decisão aconteceu horas depois de Lecornu ter anunciado a formação de seu gabinete, em um grande agravamento da crise política francesa.

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A renúncia rápida e inesperada ocorreu após que aliados e inimigos ameaçaram derrubar o novo governo.

Lecornu, que foi o quinto primeiro-ministro de Macron em dois anos, permaneceu no cargo por apenas 27 dias. Seu governo durou 14 horas, tornando-se o mais curto da história moderna da França, em um momento em que o Parlamento está profundamente dividido e a segunda maior economia da zona do euro está lutando para colocar suas finanças em ordem.

Nesta terça-feira (7), Ray Dalio, fundador de um dos maiores fundos de hedge do mundo, afirmou que os investidores devem alocar até 15% dos portfólios em ouro, mesmo com o metal precioso em níveis recordes.

Para ele, o momento atual é parecido com o vivenciado no inícios dos anos 1970, destacando que a commodity se destaca como uma proteção em tempos de desvalorização monetária e incerteza geopolítica. “O ouro é o único ativo que alguém pode possuir e você não precisa depender de outra pessoa para pagar por ele”, disse ele.

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Na avaliação da TD Securities, o metal precioso parece estar em posição demasiadamente comprada e existe um risco de queda acentuada em “qualquer fator que ponha em risco o ritmo de afrouxamento monetário do Federal Reserve” (Fed, o Banco Central dos EUA).

*Com informações de CNBC

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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