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Pagamento mínimo de dividendos? O que BTG vê para Vale (VALE3) com minério de ferro mais próximo de US$ 100/t

30 mar 2024, 14:30 - atualizado em 30 mar 2024, 14:30
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Vale: Com minério mais próximo dos US$ 100/tonelada, BTG acredita que, dentro desse cenário, deve-se considerar apenas pagamentos mínimos de dividendos (Imagem: Reuters/Washington Alves)

Com os preços do minério de ferro mais próximos dos US$ 100 a tonelada do que dos US$ 120-140, o BTG Pactual realizou uma análise para entender os impactos sobre o valuation da Vale (VALE3).

A volatilidade acima do esperado para o mercado do minério de ferro faz analistas do banco acreditarem que a pressão deve permanecer até que seja possível enxergar uma estabilização/inflexão nos dados atuais.

A instituição destaca o acúmulo de estoques da commodity nos portos chineses, além de um cenário de deterioração persistente para o setor imobiliário da China. Além disso, os preços do vergalhão chinês caíram 7% no acumulado do ano, enquanto as exportações de aço pela China dispararam mais de 30% em base anual, apontando para “tendências deprimidas no consumo doméstico de aço”.

Cenário para Vale com minério de ferro a ~US$ 100/tonelada

Pela análise do BTG, considerando o minério de ferro a US$ 105/tonelada, níquel a US$ 7,50/lb (libra) e cobre a US$ 4/lb, a Vale geraria cerca de US$ 15 bilhões em Ebitda em 2024, o que implicaria um risco de queda relevante para as estimativas do consenso, na ordem de 19%.

Para completar, o BTG acredita que, dentro desse cenário, deve-se considerar apenas pagamentos mínimos de dividendos.

“Acreditamos que a administração optaria prudentemente por executar uma política de dividendos e um balanço patrimonial mais conservadores”, diz a instituição, em relatório divulgado na quinta-feira (28). “Calculamos o rendimento mínimo de dividendos de 6-7% em 2024.”

O banco avalia que, mesmo assumindo perto de US$ 1 bilhão em liberação de capital de giro, a empresa geraria um yield (rendimento) de fluxo de caixa de 6-7% em 2024. Já a dívida líquida expandida em relação ao Ebitda oscilaria em torno de 1 vez nesse ambiente, colocando a Vale acima de seus pares.

O BTG destaca que, apesar de as ações terem corrigido em torno de 20% no acumulado do ano, os riscos de revisões negativas de lucros aumentaram em magnitude semelhante.

“Como argumentamos há algumas semanas, estamos vendo um yield limitado para adotar uma visão mais positiva”, completa.

Os analistas seguem neutros com a tese. Eles enxergam valor em outros nomes dentro do universo de cobertura do BTG.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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