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Pague Menos, Panvel ou RaiaDrogasil: qual ação comprar agora?

16 jun 2021, 10:13 - atualizado em 16 jun 2021, 11:28
Farmácia
Atualmente, as três redes juntas possui uma participação de mercado total de 21,4% (Imagem: REUTERS/Russell Cheyne)

O mercado de farmácias ganhou relevância nos últimos anos com a chegada de novas empresas do segmento na Bolsa e uma concorrência cada vez maior. A grande questão é: qual empresa comprar?

Pensando nisso, o Itaú BBA traçou as principais perspectivas do setor e analisou as três principais companhias listadas: Pague Menos (PGMN3), Panvel (RADL3) e RaiaDrogasil (RADL3).

Segundo a corretora, o rápido envelhecimento da população brasileira e o mercado altamente fragmentado no Brasil continuarão sendo os principais caminhos de crescimento das redes.

Atualmente, as três juntas possui uma participação de mercado total de 21,4%, “com significativo espaço para crescer nos próximos anos”.

Além disso, o e-commerce terá cada vez mais relevância no setor, dada a competição mais acirrada e a busca por melhores níveis de serviço.

O Itaú tem recomendação acima da média do mercado (outperform) para Pague Menos e Panvel e market perform (em linha com o mercado) para a RaiaDrogasil, com preço-alvo de R$ 16, R$ 27 e R$ 28, respectivamente.

Pague Menos Farmácias
A Pague Menos é a principal escolha do Itaú BBA no setor (Imagem: Pague Menos/Site/Reprodução)

Pague Menos: a favorita

A Pague Menos é a principal escolha do Itaú BBA no setor. Segundo a corretora, a rede está em um processo de rápida recuperação.

“No primeiro trimestre, a margem bruta da Pague Menos já apresentou um aumento de 100 pontos-base em relação ao ano anterior, enquanto a margem Ebitda atingiu impressionantes 5,2%, ante os 3,7% do ano passado”, destaca.

A corretora projeta ainda margem bruta de 29,5% para 2022, com um Ebitda, que mede o resultado operacional, que poderá chegar a 5,6%, puxado pelo aumento da produtividade.

E, para completar, há a aquisição da Extrafarma, vendida pela Ultrapar (UGPA3).

“A Pague Menos poderá recuperar a rede como vem fazendo com as suas próprias lojas, já que a empresa também passou por problemas semelhantes no passado (sortimento, gerenciamento de fornecedores, rupturas, etc)”, aponta.

O Itaú calcula o preço sobre o lucro da empresa em 27,3 vezes para 2021 e 22,8 vezes para 2022 “com várias oportunidades de crescimento atrativas”.

O Itaú afirma que a Panvel tem condições de se manter firme na região Sul (Imagem: Divulgação/Dimed)

Panvel ainda guarda cicatrizes

A corretora lembra que a Panvel sofreu mais do que seus concorrentes durante a crise da Covid por conta das restrições mais severas na região Sul do Brasil, seu principal mercado.

Além disso, a região está se tornando cada vez mais competitiva, com a chegada de concorrentes nacionais e locais.

Porém, o Itaú afirma que a Panvel tem condições de se manter firme na região.

“Acreditamos que as lojas mais baratas da Panvel e a forte penetração digital pode fornecer vantagens importantes no ambiente cada vez mais competitivo no Sul do Brasil”, argumenta.

RaiaDrogasil: tem para onde crescer?

A RaiaDrogasil, historicamente, tem liderado o setor, com a execução de uma estratégia mais agressiva de abertura de lojas.

Porém, dada as transformações digitais, a empresa poderá passar por mudanças de avaliação.

A acirrada competição também deverá gerar impactos nas margens da companhia nos próximos anos, “à medida que a empresa entra em novos mercados e enfrenta dificuldades na competição com jogadores capitalizados”.

“Embora vejamos a RaiaDrogasil como um dos jogadores mais bem posicionados para consolidar o mercado de drogarias no Brasil devido à sua execução impecável e expansão agressiva, acreditamos que o preço das ações da empresa já reflete uma parte significativa de crescimento”, conclui.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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