Pague Menos (PGMN3) avalia oferta de ações com valor de R$ 250 milhões e suspende guidance

A Pague Menos (PGMN3) está avaliando a possibilidade de realizar uma oferta pública de ações primárias e secundárias com valor de aproximadamente R$ 250 milhões, mostra fato relevante divulgado ao mercado nesta segunda-feira (15).
Isso significa que a companhia considera, na oferta primária, a emissão e venda de novas ações da companhia, com os valores destinados diretamente para o caixa da rede farmácias. Já na oferta secundária, fundos de investimentos da General Atlantic que já possuem ações devem vender participação.
Se concretizada, a oferta será destinada exclusivamente a investidores profissionais, com esforços de colocação no exterior.
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Para isso, a Pague Menos engajou o Itaú BBA, BTG Pactual, Bradesco BBI e a XP Investimentos para a prestação de serviços de assessoria financeira no âmbito da potencial oferta, incluindo trabalhos preparatórios para a definição da viabilidade e dos termos.
“A companhia esclarece que, caso a potencial oferta seja implementada, será outorgado direito de prioridade aos acionistas da companhia para subscrição das ações objeto da parcela primária da potencial oferta, cujo procedimento para participação será objeto de nova comunicação ao mercado”, diz o fato relevante.
Pague Menos descontinua guidance
No mesmo fato relevante, a Pague Menos informou a descontinuidade da divulgação de projeções financeiras (guidance), visando alinhamento de sua política de divulgação de projeções com os procedimentos usualmente adotados por seus auditores independentes e demais consultores no âmbito de uma transação como a potencial oferta.
A efetivação da operação permanece condicionada às condições de mercado, aprovações societárias e regulatórias e ao interesse de investidores, entre outros fatores.
Anúncio não anima JP Morgan
Analistas do JP Morgan pontuam que a alavancagem da Pague Menos continua impedindo a geração de fluxo de caixa livre (FCF), mesmo após melhorias significativas nos resultados operacionais, a integração da Extrafarma e uma reestruturação mais ampla.
O banco recorda que a administração planeja acelerar a abertura de lojas, portanto, um aumento de capital não é uma surpresa.
Nesse contexto, embora sinalizem que a General Atlantic tem sido principalmente uma investidora financeira com presença consultiva no conselho da empresa desde seu primeiro investimento em 2015, uma potencial venda secundária de ações no ambiente atual é algo que os investidores não devem receber bem.
De acordo com as estimativa do banco, dada a magnitude relativamente pequena da fatia primária, é
improvável que esse potencial aumento de capital seja transformacional para a empresa.
“Supondo que a transação ocorra com um desconto limitado em relação ao preço da tela, ela é, na melhor das hipóteses, neutra em termos de lucro por ação (LPA) para 2026”, diz o JP Morgan, que mantém recomendação de venda para a Pague Menos.