Países do Caribe pedem que nações ricas compartilhem vacinas

A Comunidade do Caribe (Caricom), com 15 países, pediu às nações ricas que compartilhem suprimentos de vacinas contra a Covid-19, pois suas economias não conseguirão se recuperar da pandemia sem imunizar a população.
Em comunicado divulgado na quinta-feira, a Caricom disse estar “insatisfeita e profundamente preocupada com o acesso desigual às vacinas”.
Embora os estados membros façam parte da Covax Facility, iniciativa apoiada pela Organização Mundial da Saúde, as únicas vacinas recebidas até agora foram 170 mil doses que o governo da Índia doou para Dominica e Barbados, disse o grupo. Esses dois países têm compartilhado as vacinas com outros membros da Caricom.
Mesmo com as vacinas da Covax, a Caricom só poderá atender cerca de 20% das necessidades, disse o grupo. Alguns membros também buscam negociar por meio da Plataforma de Suprimentos Médicos da União Africana.
Em referência não tão sutil aos Estados Unidos e à Europa, a Caricom disse que países que impulsionam o turismo no Caribe – e hospedam a diáspora caribenha – deveriam compartilhar suas vacinas “dada a urgência da necessidade”.
Os membros da Caricom incluem alguns dos países mais dependentes do turismo globalmente, incluindo Barbados, Belize e Santa Lúcia, e o acesso às vacinas é considerado vital para reabrir as economias.
“Essa oferta limitada não nos permitirá atingir a imunidade de rebanho regional, tão necessária para estimular a recuperação resiliente que buscamos”, disse a Caricom.