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Panasonic prevê alta no lucro com ajuda de baterias para Tesla

10 maio 2021, 9:14 - atualizado em 10 maio 2021, 9:14
A Panasonic espera que sua unidade automotiva registre lucro operacional de 50 bilhões de ienes neste ano, disse o diretor financeiro da empresa, Hirokazu Umeda (Imagem: REUTERS/Toru Hanai)

A Panasonic espera que o lucro operacional cresça quase um terço neste ano fiscal, já que a recuperação econômica da pandemia de coronavírus estimula a demanda por equipamentos e componentes, incluindo baterias automotivas usadas pela Tesla , disse a empresa nesta segunda-feira.

A fabricante japonesa de itens de bicicletas a secadores de cabelo está procurando atender à crescente demanda por baterias de carros elétricos em mercados-chave como os Estados Unidos e a China por meio de uma parceria de uma década com a Tesla que finalmente está fazendo dinheiro.

A Panasonic espera que sua unidade automotiva registre lucro operacional de 50 bilhões de ienes neste ano, disse o diretor financeiro da empresa, Hirokazu Umeda, em coletiva de imprensa. “As baterias automotivas, que são quase todas Tesla, representam cerca de 40%”, disse Umeda.

A Panasonic prevê que o lucro operacional geral suba 27,6%, para 330 bilhões de ienes (3 bilhões de dólares). O número é um pouco maior do que uma previsão média de 327,56 bilhões com base em estimativas de 16 analistas, mostram dados do Refinitiv.

Também neste ano fiscal, a empresa iniciará uma linha de testes no Japão para fazer grandes células cilíndricas de formato 4680, acrescentou Umeda.

A Tesla diz que esse formato reduzirá os custos da bateria pela metade e ajudará a aumentar a produção da bateria em 100 vezes até 2030.

Para o trimestre encerrado em 31 de março, o conglomerado registrou lucro operacional de 31,8 bilhões de ienes (292,09 milhões de dólares), queda de 40% em relação ao ano anterior, com ganhos mais fracos de sua unidade de soluções de vida, que vende iluminação, equipamentos e materiais para edifícios, ofuscando o aumento da receita de componentes automotivos.

Esse resultado foi melhor do que um lucro estimado, na média, de 20,99 bilhões de ienes de cinco analistas consultados pela Refinitiv.

reuters@moneytimes.com.br