BusinessTimes

Pão de Açúcar: O que esperar das ações, após queda de 62% ano passado? 

07 jan 2022, 10:52 - atualizado em 07 jan 2022, 10:52
Unidade do Pão de Açúcar em São Paulo (SP)
Na prática, a cisão das operações do Assaí de dentro do Grupo Pão de Açúcar afetou diretamente as ações de ambas as companhias (Imagem: REUTERS/ Nacho Doce)

As ações do Pão de Açúcar (PCAR3) recuaram 62% no acumulado de 2021, assustando os investidores depois da cisão do Grupo com o Assaí (ASAI3) em março. 

No primeiro dia de negociação das empresas separadamente na B3, os papéis do Assaí subiram 386% e fecharam a R$ 71,4; enquanto o GPA caiu 66% e fechou o dia a R$ 23,33. 

Contudo, o relatório da XP explica que, na prática, a cisão das operações do Assaí de dentro do Grupo Pão de Açúcar afetou diretamente as ações de ambas as companhias, já que anteriormente os investidores que se tornavam acionistas de PCAR3 estavam adquirindo uma participação em ambas. 

Por um mero ajuste contábil no leilão de abertura da B3 do dia 1 de março, as ações teriam um comportamento bastante volátil já nos primeiros minutos de negociação”, explicam os analistas da XP Investimentos.

Eles recomendam interpretar o desempenho somando os dois resultados diários. Ao juntar os R$ 23,33 do PCAR3 com os R$ 71,4 do ASAI3, e comparar com o fechamento da empresa antes da cisão (de R$ 83,00), o dia teria uma alta de 14% para ambas as companhias. 

Perspectiva futura

Mas, afinal, o que esperar do GPA?

Os analistas de varejo da XP ressaltam o impacto do cenário macroeconômico nesse setor. As perspectivas de inflação com alta nas taxas de juros para este ano não ajudam no desempenho dessas empresas, dizem. “A deterioração macroeconômica impacta diretamente as ações de varejo”.

A preferência do time é por nomes ligados ao varejo de alta renda, como Arezzo (ARZZ3), Grupo Soma e Vivara (VIVA3). Assim como nomes mais resilientes, que “devem se beneficiar do momento macro mais desafiador”. São eles RaiaDrogasil (RADL3) e Assaí. 

Disclaimer

O Money Times publica matérias de cunho jornalístico, que visam a democratização da informação. Nossas publicações devem ser compreendidas como boletins anunciadores e divulgadores, e não como uma recomendação de investimento.

Repórter
Jornalista formada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing e repórter no portal Money Times, com passagem pela redação da Forbes Brasil. Atualmente escreve e acompanha notícias sobre economia, empresas e finanças.
Linkedin
Jornalista formada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing e repórter no portal Money Times, com passagem pela redação da Forbes Brasil. Atualmente escreve e acompanha notícias sobre economia, empresas e finanças.
Linkedin