Papel ou tijolo? Segmentos de FIIs disputam liderança em 2025; entenda

Papel na frente, mas tijolo na cola. É esse o retrato dos fundos imobiliários em 2025, segundo o índice RBIX, desenvolvido pela Rio Bravo, que mede o desempenho do IFIX, principal indicador do setor, com distinção entre os tipos de ativos.
Até o mês de julho, os FIIs de recebíveis acumularam ganhos de 12,4% no ano, enquanto os que investem em imóveis físicos avançaram 10,8%.

Na janela de 12 meses, contudo, o cenário é diferente: os fundos imobiliários de papel lideram com folga. De acordo com a Rio Bravo, o segmento acumula retorno de 6,1%, quase três vezes mais que o IFIX (2,3%) e mais de 30 vezes o desempenho dos FIIs de tijolo (0,2%).

Dinâmicas distintas
Desenvolvido com foco em análise setorial, o RBIX possibilita uma compreensão mais detalhada do comportamento de cada classe frente ao cenário macroeconômico.
“O IFIX consolida todos os tipos de FIIs, sem fazer distinção entre eles, mas os de papel e os de tijolo têm dinâmicas, riscos e vetores de performance muito diferentes”, explica Isabella Almeida, gestora de fundos imobiliários da Rio Bravo.
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A especialista destaca que essa diferenciação é essencial em um momento com contextos tão distintos dentro do setor imobiliário. Enquanto os fundos de papel se beneficiam diretamente da taxa de juros elevada, os de tijolo começam a reagir com a perspectiva de recuperação da economia real.
“Olhando para frente, a tendência é que os FIIs de tijolo ganhem protagonismo à medida que a economia real sinalize recuperação”, afirma a gestora.
Na visão de Isabella, fundos com bons ativos e gestão eficiente ainda estão sendo negociados com grande desconto. “Para o investidor com horizonte mais amplo, o momento é de oportunidade”, ressalta.