Para conter queda, China adota medidas para incentivar reinvestimento estrangeiro

A China anunciou novas medidas para incentivar investidores estrangeiros a reinvestirem seus lucros no país, em mais um esforço para reverter a queda no investimento estrangeiro direto (IDE).
Nos últimos meses, a China adotou uma série de ações para atrair mais capital estrangeiro, incluindo a abertura de mais setores a investidores de fora, em meio ao aumento das tensões comerciais provocadas pelas tarifas dos Estados Unidos, que afetam as perspectivas econômicas do país.
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Segundo dados divulgados pelo Ministério do Comércio, o investimento estrangeiro direto na China totalizou US$ 50 bilhões de janeiro a maio, uma queda de 13,2% em relação ao mesmo período do ano passado.
De acordo com um comunicado conjunto de várias agências governamentais, os investidores estrangeiros são incentivados a reinvestir na China por meio da criação de novas empresas, do aumento de capital em companhias já existentes ou da aquisição de participações em empresas chinesas.
Benefícios para os lucros não saírem
A China já havia implementado incentivos fiscais para estimular as empresas estrangeiras a reinvestirem os lucros obtidos no país. Governos locais estabelecerão bancos de projetos voltados ao reinvestimento estrangeiro e oferecerão serviços e suporte específicos, conforme o comunicado.
O país também oferecerá apoio a investidores estrangeiros para que utilizem métodos mais flexíveis, como o arrendamento de longo prazo de terrenos industriais e o modelo “arrendar antes de transferir” em reinvestimentos, com o objetivo de reduzir os custos com terrenos.
Além disso, os procedimentos de aprovação para empréstimos de acionistas estrangeiros e emissão de Panda Bonds exigidos para reinvestimentos elegíveis serão simplificados.
Instituições financeiras chinesas também foram encarregadas de desenvolver produtos e serviços inovadores para apoiar os reinvestimentos de empresas estrangeiras, segundo o comunicado.