Economia

Para Itaú, IPCA em maio será de -0,40% e inflação de 2020 ficará na casa dos 2,5%

08 maio 2020, 13:00 - atualizado em 08 maio 2020, 13:00
Itaú ITUB4
Em abril, o IPCA caiu 0,31%, ante variação positiva de 0,07% em março (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

A inflação em 2020 deverá ficar “um pouco abaixo” de 2,5%, piso do intervalo da meta do Banco Central, prevê Julia Araujo, economista sênior do Itaú Unibanco (ITUB4), que informará atualização de cenário na próxima segunda-feira.

Por ora, o banco calcula alta do IPCA de 2,7% para este ano. A meta de inflação em 2020 é de 4% com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

A revisão se dará, segundo Araujo, pela expectativa de trajetória ainda mais lenta dos preços ao longo do primeiro semestre –que, para o Itaú, fechará com IPCA recuando cerca de 0,10%, primeira deflação para o período.

Já em maio a queda dos preços deverá se aprofundar, com o índice em baixa “em torno de” 0,40%, segundo a economista. “Em maio chegará à bomba nova queda dos preços dos combustíveis, que já tiveram influência em abril. Deveremos ter desaceleração nos preços dos alimentos”, disse ela.

Em abril, o IPCA caiu 0,31%, ante variação positiva de 0,07% em março, de acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE.

Araujo ressalva que as baixas leituras para o índice podem estar relacionadas ainda ao método de coleta –agora não presencial e feita por outros meios, como pesquisas realizadas em sites de internet, por telefone ou por e-mail. “Há muitas promoções, os vendedores querendo se desfazer dos produtos.”

Nesse contexto, ela acredita não haver sinais mais evidentes no curto prazo de impacto da desvalorização cambial sobre os preços amplos ao consumidor, embora no atacado já seja possível perceber alguma influência.

“Pode, sim, ter algum repasse (ao consumidor) no segundo semestre”, disse, qualificando a desvalorização cambial como “relevante”.

O real cai 30,2% em 2020 ante o dólar, em termos nominais, pior desempenho entre as principais moedas globais.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
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