Para revitalizar economia estagnada, Japão aprova pacote de estímulos de US$ 135 bilhões
O governo do Japão aprovou nesta sexta-feira (21) um pacote de estímulos de 21,3 trilhões de ienes (US$ 135,4 bilhões) para expansão de gastos público na tentativa de dar um impulso sua economia estagnada e que enfrenta problemas inflacionários. Entre as medidas estão subsídios em contas de consumo, queda de impostos e até pagamento de renda por criança na família.
A decisão ocorre poucas semanas após a posse da primeira-ministra conservadora Sanae Takaichi, que havia prometido aumentar gastos públicos mesmo em um cenário de alta da dívida pública japonesa, que chega a quase 300% do PIB.
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O montante anunciado nesta sexta-feira é muito maior que o destinado pelo governo do Japão durante a crise econômica da Covid-19 e tenta minimizar impactos negativos do acordo comercial assinado com os Estados Unidos, após pressão tarifária de Donald Trump.
O pacote inclui subsídios para custos de energia, redução do imposto sobre gasolina e outras medidas para ajudar consumidores que enfrentam o aumento no custo de vida. O governo informou na sexta-feira que a inflação subjacente, excluindo custos voláteis de alimentos, foi de 3% em outubro — acima da meta do banco central de cerca de 2%.
Os subsídios específicos incluem pagamentos únicos de 20.000 ienes (cerca de US$ 130) por criança, que exigiriam cerca de 400 bilhões de ienes (US$ 2,6 bilhões) em financiamento governamental, além da emissão de vouchers de arroz ou outros cupons no valor de 3.000 ienes (cerca de US$ 20) por pessoa, a serem distribuídos por autoridades locais.
O pacote também pretende aumentar o produto interno bruto do Japão em 24 trilhões de ienes (US$ 155 bilhões), ou uma taxa anualizada de 1,4%, segundo o Escritório do Gabinete.
Com informações da Associated Press