BusinessTimes

Para salvar Oi, governo quer acelerar votação do marco geral de telecomunicações

19 ago 2019, 10:56 - atualizado em 19 ago 2019, 10:56
Governo vai ajudar para evitar que o pior aconteça com a operadora (Imagem: Facebook)

Por Investing.com

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Uma das saídas para a Oi (OIBR3) é a aprovação do novo marco legal do setor de telecomunicações, que está parado no Senado desde o início do ano. Agora, o governo passa a tratar o assunto como uma das prioridades, para evitar que o pior aconteça com a operadora.

Para isso, a intenção de integrantes do governo é que o projeto seja aprovado em até 30 dias. Atualmente, o texto ainda está na espera do parecer da senadora Daniella Ribeiro (PP-PB). Para acelerar essa tramitação, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), recebeu novos apelos de levar o texto diretamente a plenário.

Pela redação do projeto, as empresas que operam no setor de telefonia fixa poderiam migrar do sistema de concessão para o de autorização, que tem maior liberdade de preços. Isso seria importante para Oi, já que está mais exposta ao segmento do que suas concorrentes.

O sistema de autorização já é atualmente praticado para serviços como os de telefonia celular, TV por assinatura e internet. O projeto de lei prevê que as companhias poderão ficar com os bens reversíveis das concessões, aqueles ligados à prestação do serviço e que deveriam ser devolvidos ao poder público ao término do período de concessão. Em troca, as empresas teriam que realizar novos investimentos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Queda nas ações e rumores

Na última sexta-feira, as ações da Oi tiveram um dia de forte queda, chegando a ser negociada a R$ 0,97, mas ensaiou uma recuperação e fechou a R$ 1,09, queda de 8,40%. Os papéis estavam pressionados pelo fraco desempenho operacional da companhia no segundo trimestre e possibilidade de aumento de investimentos, além de ruídos de intervenção federal na empresa se não houver melhora nos números nos próximos meses.

Nem a negativa da Anatel sobre a possibilidade iminente de decretação de intervenção ou de cancelamento de concessões de telefonia fixa do grupo amenizaram as perdas.

Analistas do Bradesco BBI afirmaram em nota a clientes que preferiam manter a visão cautelosa sobre as operações da empresa, devido aos contínuos desafios para resultados de curto prazo no segmento residencial, bem como demonstraram preocupação a intenção da Oi de acelerar seu plano de investimentos.

A Oi teve prejuízo de segundo trimestre de 1,559 bilhão de reais, em comparação a um resultado negativo de 1,258 bilhão de reais no mesmo período do ano anterior. A empresa entrou com pedido de recuperação judicial em 2016 para reestruturar cerca de 65 bilhões de reais em dívidas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Com Reuters.

Compartilhar

investing@moneytimes.com.br