Comprar ou vender?

Para Santander, CCR (CRRO3) está ‘altamente’ descontada e é hora de comprar as ações

15 abr 2025, 11:30 - atualizado em 15 abr 2025, 17:41
Rodovias CCR pedágio
O banco afirma que as ações da CCR estão altamente descontados e o valuation barato, além de uma vantagem sobre os títulos de renda fixa (Imagem: Marcos Santos/Agência Senado)

Os analistas do Santander fizeram uma análise ‘minuciosa’ sobre os números da CCR (CCRO3) e reforçaram a recomendação de compra para as ações da concessionária, acompanhada de uma revisão positiva do preço-alvo. 

O banco elevou o preço por ação no final de 2025 de R$ 15,70 para R$ 16,80, o que representa um potencial de desvalorização de 2,8% sobre o preço do fechamento da última segunda-feira (14). 

O Santander também classificou CCR como ‘top pick’ do setor de Transporte e Bens de Capital. 

Nesta terça-feira (15), as ações da concessionária encerraram o pregão em alta. CCRO3 subiu 4,36%, a R$ 12,46. Acompanhe o Tempo Real. 



CCR: o que ‘brilhou’ aos olhos do Santander

Na avaliação do Santander, as ações da companhia também operam “altamente” descontadas e com um valuation barato. 

“A ação está negociando a uma TIR [taxa interna de retorno] real do patrimônio de 15,7%, um spread de cerca de 820 pontos -base em relação ao título brasileiro indexado à inflação de 10 anos (NTN-B)”, escreveram Lucas Barbosa, Lucas Esteves e Gabriel Tinem em relatório. 

Os analistas também citam a agenda da administração da companhia focada em valor, o que “apresentar gatilhos e gerar um potencial de valorização significativo”. 

A equipe do Santander também veem seis impulsionadores de valor para a CCR: 

  • Reequilíbrios Contratuais: A empresa busca reequilíbrios em vários contratos, o que poderia gerar um valor significativo.    
  • Otimização do Contrato da MSVia: A otimização do contrato da rodovia MSVia tem o potencial de aumentar a rentabilidade.    
  • Esforços de Redução de Custos: A CCR está focada na redução de custos operacionais, o que pode impulsionar o EBITDA.    
  • Receitas Adicionais de Mobilidade Urbana: A empresa busca gerar receitas adicionais a partir de sua plataforma de mobilidade urbana, explorando espaços não utilizados.    
  • Aditivos Contratuais: Modificações em contratos existentes, como os da ViaQuatro e Linha 5, para a construção de novas estações, representam outra fonte de valor.    
  • Venda da Plataforma de Aeroportos: A alienação dos ativos de aeroportos da CCR é considerada um impulsionador de valor.

Entre os catalisadores de valor para a companhia, os analistas destacam que a otimização do contrato da MSVia pode gerar aproximadamente R$ 0,7 bilhão (aproximadamente R$ 0,4/ação). 

Novo contrato

Na noite da segunda-feira (14), a CCR celebrou um contrato de concessão com a União Federal para a administração do Sistema Rodoviário BR-369/373/376 e PR-090/170/323/445 (Lote PR3), no Paraná.

A negociação foi intermediada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Segundo o comunicado da companhia, o contrato consiste na prestação dos serviços públicos de recuperação, operação, manutenção, monitoração, conservação, implantação de melhorias, ampliação de capacidade e manutenção do Lote PR3 em um prazo de 30 anos — contados a partir da assinatura do Termo de Arrolamento e Transferência de Bens.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.

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