Para Santander, é hora de comprar as ações da Ultrapar (UGPA3); veja os quatro motivos listados pelo banco
Como de praxe, após o evento anual de encontro com os investidores, uma série de analistas revisam as suas projeções para a companhia que organiza a reunião. No caso da Ultrapar (UGPA3) não foi diferente.
Nesta segunda-feira (9), o Santander elevou a recomendação para as ações de Ultrapar de neutra para compra, logo após o Ultra Day 2024.
O preço-alvo para o final de 2025 também foi revisado, de R$ 30 para R$ 31 — o que representa um potencial de valorização de 34,6% em relação ao preço de fechamento da última sexta-feira (6).
Em reação, os papéis lideraram os ganhos do Ibovespa (IBOV) nesta segunda-feira (9) desde a abertura das negociações.
UGPA3 fechou o dia com alta de 3,34%, a R$ 23,79. Acompanhe o Tempo Real.
Na avaliação dos analistas do banco, o desempenho recente das ações é ‘injustificado’. UGPA3 caiu cerca de 14% desde os resultados do primeiro trimestre de 2024 ante avanço de 4% do Ibovespa no período.
Além disso, eles consideram que o valor relativo (valuation) da companhia é “atraente”. Os papéis estão sendo negociados a um múltiplo que equivale a um desconto de 30% em relação à média histórica de 10 anos.
Mais motivos para comprar UGPA3
Além da queda recente das ações da Ultrapar terem aberto uma janela de oportunidade e um valuation descontado, o Santander vê mais dois motivos para comprar os papéis da companhia.
Segundo os analistas, a estratégia de holding da Ultrapar está evoluindo bem e deverá continuar gerando valor aos acionistas.
“Desde o retorno de Marcos Lutz, a Ultrapar vem passando por uma mudança significativa de estratégia, com foco na descentralização da tomada de decisões por meio de uma estratégia semelhante a uma holding (que anteriormente era semelhante a um conglomerado)”, escrevem os analistas Rodrigo Almeida, Lucas Barbosa, Eduardo Muniz, Lucas Esteves e Gabriel Tinem, em relatório.
Eles também afirmam que, com as mudanças na governança, as subsidiárias (Ultragaz, Ultracargo, Ipiranga e Hidrovias do Brasil) ganharam autonomia na estrutura e alocação de capital — “o que acreditamos que deve continuar a se traduzir em mais independência e responsabilização por parte dos CEO e CFOs das empresas e deverá gerar valor adicional no futuro”.
O banco também afirma que a dinâmica dos lucros permanece forte, especialmente em distribuição de combustíveis, “enquanto a redução das práticas ilegais por parte de outros intervenientes também poderá aumentar as margens e a participação da empresa no mercado (market share)”, diz o relatório.