Ibovespa

Para XP, bolsa ainda está ‘barata’ e pode saltar quase 10% até o final do ano com fim do ciclo de altas na Selic e eleições de 2026

02 jul 2025, 12:28 - atualizado em 02 jul 2025, 12:28
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A XP mantém a projeção de Ibovespa aos 150 mil pontos no fim de 2025; eleições e fim do aperto monetário são os principais catalisadores (Imagem: MariuszBlach/Getty Images)

O Ibovespa (IBOV) subiu 1,33% em junho e continuou o ritmo de ganhos sequenciais iniciado em março. Em dólares, a bolsa brasileira valorizou 6,5% no mês, impulsionado pela forte valorização do real ante a divisa norte-americana — que encerrou abaixo de R$ 5,50 e no menor nível em nove meses. 

Para a XP, o Brasil continua nos holofotes dos investidores entre as bolsas emergentes. “A América Latina está voltando ao radar dos investidores globais, acreditamos que o Brasil continuará em destaque, sustentado por fundamentos sólidos, valuation atrativo e tamanho e liquidez de mercado”, escreveu a equipe de estrategistas em relatório. 

A corretora manteve a projeção do Ibovespa aos 150 mil pontos no final de 2025 — o que representa uma valorização de quase 10% sobre os níveis atuais. 

Ibovespa: espaço para novas altas

A XP vê pelo menos três motivos para mais valorização do Ibovespa: a bolsa ainda está “barata”, sinalização do Banco Central de que a Selic está no “topo” e aproximação das eleições de 2026. 

“Nosso modelo aponta que um novo regime de mercado se iniciou à medida que o ciclo de contração monetária chega ao fim e a inflação permanece elevada. Esse regime favorece o posicionamento em setores sensíveis a juros”, disse a equipe da XP. 

Segundo a corretora, o mercado precifica um corte acumulado aproximado de 200 pontos-base até o final de 2026. Hoje, a Selic está em 15% ao ano — ou seja, a expectativa é que a taxa de juros encerre o próximo ano no nível de 13%.

“Essa dinâmica tem contribuído para uma mudança no regime macro para um cenário de ‘inflação em alta, juros em queda’, que historicamente tende a favorecer os ativos de risco”, diz o relatório. 

Os estrategistas, porém, destacam que as preocupações fiscais continuam sendo o principal peso estrutural para a América Latina, inclusive no Brasil, e que as eleições podem “funcionar” como catalisadores importantes para a bolsa. 

Onde investir agora?

A equipe da XP afirma que o cenário de “inflação em alta e juros em queda” é um ponto de inflexão relevante, “já que o regime de juros vigente segue sendo um dos principais vetores de retorno dos ativos”. 

Durante períodos como esse, o Ibovespa tende a melhorar, na visão dos estrategistas. “Os mercados tendem a apresentar retornos positivos durante ciclos de corte de juros, devido a taxas de desconto menores e melhora no apetite por risco.”

Setorialmente, as instituições financeiras e o varejo tendem a ser os principais beneficiários. 

Na carteira de ações, a XP reduziu o peso de Itaú Unibanco (ITUB4), Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3). No rebalanceamento, a corretora incluiu Santander (SANB11)e Smart Fit (SMFT3) e aumentou a posição em Lojas Renner (LREN3) e Grupo Mateus (GMAT3).

Confira a composição da carteira da XP atualizada: 

Companhia Peso   Preço-alvo 
Copel (CPLE6) 12,5%  R$        13,80
Caixa Seguridade (CXSE3) 5,0%  R$        18,00
Eletrobras (ELET3) 10,0%  R$        50,00
Grupo Mateus (GMAT3) 5,0%  R$          9,00
Iguatemi (IGTI11) 5,0%  R$        32,50
Itaú Unibanco (ITUB4) 10,0%  R$        43,00
Lojas Renner (LREN3) 10,0%  R$        20,00
Motiva (MOTV3) 7,5%  R$        15,30
Petrobras (PETR4) 5,0%  R$        46,00
Prio (PRIO3) 5,0%  R$        66,00
Santander (SANB11) 5,0%  R$        35,00
SmartFit (SMFT3) 5,0%  R$        32,00
Stone (STCO34) 5,0%  R$        80,00
Suzano (SUZB3) 5,0%  R$        92,00
Vale (VALE3) 5,0%  R$        66,00

Todas as ações têm recomendação de compra, com exceção de Vale (VALE3) — a mineradora tem recomendação neutra pela XP.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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