Estados Unidos (EUA)

Paralisação do governo dos EUA completa 35 dias e caminha para se tornar a maior da história

04 nov 2025, 11:35 - atualizado em 04 nov 2025, 11:35
Estados Unidos EUA orçamento Congresso shotdown republicanos democratas Joe Biden
(Imagem: REUTERS/Elizabeth Frantz/File Photo)

A paralisação do governo (shutdown) dos Estados Unidos entrou em seu 35º dia nesta terça-feira (4), igualando o recorde estabelecido durante o primeiro mandato do presidente Donald Trump como o mais longo da história, enquanto republicanos e democratas no Congresso continuam a culpar uns aos outros pelo impasse.

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O número de afetados aumenta a cada dia. A assistência alimentar para os pobres foi interrompida pela primeira vez, os funcionários federais de aeroportos, policiais e militares não estão sendo pagos e a economia está às cegas com relatórios governamentais limitados.

O Senado já votou mais de uma dúzia de vezes contra uma medida provisória de financiamento aprovada pela Câmara dos Deputados, e nenhum parlamentar mudou sua posição.

Os republicanos de Trump detêm uma maioria de 53 a 47 no Senado, mas precisam dos votos de pelo menos sete democratas para atingir o limite de 60 votos para a maioria das leis.

Os democratas estão segurando seus votos para obter a prorrogação de alguns subsídios de auxílio saúde.

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“As vítimas da paralisação dos democratas estão começando a se acumular”, disse o líder republicano da maioria no Senado, John Thune, na segunda-feira (3). “A questão é por quanto tempo os democratas vão continuar com isso. Mais um mês? Dois? Três?”

Seu colega democrata, Chuck Schumer, apontou na segunda-feira como a atenção de Trump tem se concentrado em outro lugar.

“Enquanto Donald Trump está se gabando da reforma dos banheiros da Casa Branca, os norte-americanos estão em pânico sobre como pagarão o plano de saúde no próximo ano”, disse Schumer, referindo-se a uma reforma que Trump revelou na última sexta-feira (31).

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Shutdown ‘diferente’

O Congresso cada vez mais polarizado tornou as paralisações e ameaças de paralisações mais comuns nas últimas décadas.

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Mas a 15ª paralisação desde 1981 não se destaca apenas por sua duração. Ela inverteu a dinâmica partidária normal, na qual as paralisações geralmente são provocadas pelos republicanos.

Além disso, pouco esforço foi feito para encerrar essa última paralisação. A Câmara não realiza sessões desde 19 de setembro e Trump tem saído de Washington várias vezes.

“O clima político e as tensões que existem entre os partidos eram muito amplas no início da paralisação e, apesar de as conversas bipartidárias terem continuado durante a paralisação, permanecem neste momento com a mesma amplitude”, disse Rachel Snyderman, diretora administrativa de política econômica do Bipartisan Policy Center.

A assistência alimentar para aproximadamente 42 milhões de norte-americanos no programa SNAP acabou no sábado (1º). Muitas famílias estão agora sem os cerca de US$ 180 por mês, em média, de cupons de alimentos.

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“O que está acontecendo agora é sem precedentes e muitas pessoas provavelmente estão com medo”, disse Jason Riggs, diretor do Roadrunner Food Bank no Novo México, ao lado do senador democrata Martin Heinrich.

Os funcionários federais, como policiais e militares, estão sem receber seus salários, assim como funcionários de segurança dos aeroportos e os controladores de tráfego aéreo, resultando em desafios de pessoal e atrasos nas viagens.

Mais de 3,2 milhões de passageiros aéreos dos EUA foram afetados por atrasos ou cancelamentos desde o início da paralisação, informou um grupo de companhias aéreas na segunda-feira (3).

O Escritório do Orçamento do Congresso estimou que a paralisação pode custar à economia dos EUA US$ 11 bilhões se durar mais uma semana.

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A ausência de financiamento federal significa dados governamentais econômicos e de emprego limitados para que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) orienta a política monetária.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
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