Setor Aéreo

Paralisação do tráfego aéreo na América Latina? Estamos quase lá!

24 mar 2020, 13:33 - atualizado em 24 mar 2020, 13:33
Aeroporto,avião
Com as medidas de bloqueio no mundo todo para conter a propagação do coronavírus, o setor aéreo é especialmente atingido, ainda mais na América Latina (Imagem: Agencia Brasil/ Ravena Rosa)

Companhias aéreas da América Latina anunciaram uma nova rodada de redução de voos no continente, o que aumenta a pressão sobre governos para ajudar o setor aéreo em crise.

Na terça-feira, a Gol disse que vai suspender todas as viagens internacionais e limitar voos domésticos a 50 por dia até 3 de maio. A Azul cortou a capacidade para 90% do fluxo normal até o fim de abril, e a Avianca suspendeu todas operações na Colômbia até pelo menos meados de abril.

A medida se soma às interrupções anunciadas anteriormente pela Avianca no Peru, El Salvador e Equador. Um dia antes, a Sky Airline havia suspendido todos os voos no Chile.

Com as medidas de bloqueio no mundo todo para conter a propagação do coronavírus, o setor aéreo é especialmente atingido, ainda mais na América Latina.

Com a rede rodoviária em países como Brasil e Peru frequentemente precária e não confiável, algumas cidades pequenas dependem muito de companhias aéreas para viagens e cargas. A Azul é a principal operadora de voos entre pequenos municípios no Brasil.

O setor pressiona governos na América Latina a intervir com isenções fiscais ou recursos, embora anos de crescimento lento e orçamentos apertados possam complicar qualquer pacote de resgate.

Na semana passada, o governo brasileiro anunciou uma série de medidas, como o adiamento de pagamentos de outorgas de concessão de aeroportos e tarifas de navegação aérea. Azul e Gol também têm reduzido salários e turnos das equipes para enfrentar a crise.

As ações das maiores companhias aéreas da América Latina – Latam, Gol, Azul e Avianca – acumulam queda, em média, de 76% em moeda local desde o fim de janeiro. É a maior desvalorização entre todos os 23 componentes do índice Bloomberg World Airlines, que acumula baixa de 43% no período.

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