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Parceira de Petrobras (PETR4) sobe 200% e revela sucesso de ‘setor esquecido’ da bolsa americana

18 set 2023, 16:37 - atualizado em 18 set 2023, 18:26

Petróleo Offshore Petrobras
Weatherford International é uma das fornecedoras de serviços de exploração offshore mais reconhecidas do mundo. [Ímagem: Divulgação]

Um setor bolsa americana está chamando a atenção dos analistas devido aos seus altos retornos — e não é o de tecnologia.

Petroleiras offshore, ou seja, àquelas que fazem exploração no mar, podem ter se alocado em uma janela de oportunidades no mercado de energia que deve perdurar ao longo dos próximos anos.

Essa janela é definida por três fatores, dizem os analistas:

  • i)  aumento na demanda por combustíveis fósseis — cenário pontuado pela Agência Internacional de Energia, que vê, até o final desta década, um pico nos mercado de petróleo, carvão e gás natural;
  • ii) elevação dos custos relacionados à implementação de energias alternativas, como consequência da alta dos juros.
  • iii) arcabouço regulatório mais restrito e reorientação da governança corporativa em torno de práticas  mias ambientais adequadas, que acabam desestimulando a exploração onshore nos EUA (drilling).

Os bons ventos para o setor explicam o forte desempenho do ETF VanEck Oil Services (ETF OIH), que subiu mais de 51% nos últimos 12 meses, contra 15% do S&P 500 no mesmo período.

O ETF VanEck Oil Services é um fundo de ação que reúne empresas do setor de petróleo offshore, desde fornecedoras de equipamentos de prospecção até aquelas especializadas em exploração dos campos marinhos.

Uma das companhias que compõem o ETF, a Weatherford International (WFRD), viu suas ações quadruplicarem de valor no recorte dos últimos 12 meses — um desempenho muito semelhante ao da toda-poderosa Nvidia (NVDA).

Em 2022, a Weatherford teve um faturamento de US$ 4.3 bilhões, possuindo parcerias com petroleiras com expertise offshore em todo mundo.

É o caso da própria Petrobras (PETR4), que em julho anunciou a prorrogação por cinco anos de um contrato de prestação de serviços com a Weatherford; a companhia norte-americana atende a estatal por duas décadas.

Além da Weatherford, mid caps como a Transocean (RIG) e a Tidewater (TDW) estão próximas de triplicar o seu valor no mesmo recorte.

Petroleiras offshore podem surfar onda de petróleo a US$ 100

Além de condições mercadológicas mais favoráveis, o segmento de petroleiras offshore podem ser alçadas pela perspectiva de alta dos preços nos mercados de petróleo. Analistas do Bank of America avaliam que a commodity pode ultrapassar os US$ 100 por barril se a Opep+ mantiver os cortes.

Os futuros do petróleo Brent subiram 0,3%, a US$ 93,93 dólares por barril, enquanto os futuros nos EUA (WTI) subiram 0,7%, a US$ 90,77 por barril.

O movimento veio após o aperto na oferta diante desses cortes de produção da Arábia Saudita combinados com um otimismo em torno da demanda chinesa.

Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
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