BusinessTimes

Paulinho da Força é alvo de desdobramento da Lava Jato que investiga crime eleitoral

14 jul 2020, 12:41 - atualizado em 14 jul 2020, 12:42
Paulinho da Força
Existem indícios de que o Paulinho da Força recebeu R$ 1,7 milhão em doações eleitorais não contabilizadas em 2010 e 2012 (Imagem: José Cruz/Agência Brasil)

A Polícia Federal (PF) cumpre sete mandados de busca e apreensão na manhã de hoje (14) como parte da investigação contra o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP) por crimes eleitorais.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

As ações estão sendo feitas em São Paulo e Brasília, pela chamada Operação Dark Side – a primeira fase da Operação Lava Jato em conjunto com a Justiça Eleitoral.

Segundo as investigações, existem indícios de que Paulo Pereira, o Paulinho da Força Sindical, recebeu R$ 1,7 milhão em doações eleitorais não contabilizadas em 2010 e 2012.

Os pagamentos foram feitos, de acordo com a PF, por meio da simulação de serviços de advogados e também em dinheiro vivo, com o apoio de doleiros. Em 2012, houve ainda, segundo a apuração policial, o repasse de dinheiro da entidade sindical ao escritório de advocacia.

As informações foram repassadas por executivos do grupo JBS (JBSS3) em acordo de colaboração premiada com a Justiça. A quebra dos sigilos bancários e informações repassadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras reforçaram os indícios.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo as investigações, um dos sócios do escritório de advocacia usado para dissimular o recebimento dos recursos tem como um dos sócios o genro do parlamentar.

JBS
As informações foram repassadas por executivos do grupo JBS em acordo de colaboração premiada com a Justiça (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

Está sendo apurada ainda a prática do crime de lavagem de dinheiro e se houve continuidade dos crimes após 2012. Os investigados na ação de hoje podem responder por falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro.

Em nota, Paulinho disse que “desconhece os fatos apurados” e que soube das investigações “pela imprensa”.

“Caso os mandados digam de fato respeito a alegado caixa dois dos anos de 2010 e 2012, a partir da delação da JBS, conforme notícias veiculadas, o deputado lamenta o ocorrido na data de hoje tendo em vista que já são passados 10 anos desde os fatos apontados, sendo que suas contas das eleições de 2010 e 2012 foram aprovadas regularmente pela Justiça Eleitoral”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Rede de lojas Marisa rebate acusações

Paulinho da Força
A rede de loja declara que as informações com menção à “rede de lojas Marisa” são inverídicas e sem relação com o parlamentar condenado Paulinho da Força (Imagem: Câmara dos Deputados/Ivaldo Cavalcante)

Marisa (AMAR3) rebateu, no dia 6 de junho, as acusações de favorecimento que constam na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), em que o parlamentar atuou em benefícios da rede de lojas Marisa e da prefeitura de Praia Grande, no litoral paulista, em três empréstimos junto ao banco estatal BNDES que somaram R$ 524 milhões.

A rede de loja declara que as informações com menção à “rede de lojas Marisa” são inverídicas, uma vez que jamais foi investigada pela Polícia Federal ou pelo Ministério Público Federal na operação que deflagrou a denúncia e a condenação noticiada.

A menção ao nome da Marisa na referenciada notícia deu-se em função do indiciamento e investigação, na denominada Operação Santa Teresa da Polícia Federal, de prestador de serviços contratado, à época, pela companhia, para auxiliar em seu plano de expansão.

Dessa forma, visando manter total transparência com o mercado e com o seu público interno, a Marisa contratou, à época do indiciamento e investigação de seu prestador de serviço, a KPMG para a realização de auditoria no contrato ativo de financiamento com o BNDES, a qual não identificou qualquer divergência em seus controles contábeis.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O político foi condenado a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
agencia.brasil@moneytimes.com.br
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar