Economia

Paulo Guedes lança “Passaporte da Imunidade” para retomar economia; veja debate com varejistas

04 abr 2020, 19:12 - atualizado em 04 abr 2020, 19:24

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A retomada da economia brasileira após o impacto provocado pelo coronavírus será por meio da aceleração de reformas estruturantes e da redução de encargos trabalhistas, afirmou neste sábado o ministro da Economia, Paulo Guedes, durante uma videoconferência com empresários do varejo.

Ele falou sobre o projeto do “Passaporte da Imunidade”, que seria um passe livre para quem já foi diagnosticado. (veja a partir do minuto 30:50 do vídeo)

“Seria um teste em massa (…). As pessoas vão sendo testadas, pode ser semanalmente, quem estiver livre continua trabalhando. Mas só os mais jovens, os idosos ficam em casa”, disse. O ministro lembrou, contudo, que ainda estamos sob às ordens de isolamento do ministro da Saúde, Luiz Mandetta.

Para Guedes, as reformas necessárias para o desenvolvimento da economia ficaram em um segundo plano devido à emergência de saúde, mas o ministro frisou que elas precisam ser retomadas assim que possível para que o país possa deixar para trás os problemas econômicos decorrentes da pandemia.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Vamos completar esse ciclo, vamos atravessar essa onda, e voltaremos com as reformas”, afirmou Guedes durante a videoconferência, que foi transmitida pela internet.

O ministro destacou que, antes da pandemia do coronavírus, “o Brasil já estava decolando”  (Imagem: Edu Andrade/Ascom/ME)

“Nossa saída, lá na frente, vai passar por redução de impostos, principalmente os mais disfuncionais. A retomada virá por aí, criar emprego tem que ser fácil, barato e estimulante.”

O ministro destacou que, antes da pandemia do coronavírus, “o Brasil já estava decolando” e que a continuidade das reformas será necessária para destravar investimentos no país.

“Nos próximos meses, nós vamos estar destravando os investimentos no Brasil… a retomada será com investimentos em saneamento, investimento em cabotagem, infraestrutura, em educação e saúde e, principalmente, geração de emprego derrubando encargos trabalhistas, que são armas de destruição em massa dos empregos”, afirmou.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Dados recentemente divulgados por analistas de bancos apontaram que a economia do país já sente os efeitos das medidas de isolamento social empregadas para evitar a proliferação do novo coronavírus no país.

“Vai ter dinheiro para todo mundo, mas vamos manter a economia respirando”, disse Guedes (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

Por agora, o governo federal tem anunciado medidas de injeção de recursos na economia, para combater efeitos no curto prazo.

Na sexta-feira, Guedes disse que os programas para combate ao coronavírus devem chegar a 1 trilhão de reais nas próximas semanas ou meses, pontuando que o déficit primário já está em 6% do Produto Interno Bruto (PIB).

O ministro voltou a afirmar neste sábado que o governo vai ajudar quem tiver dificuldades, rolando dívida, suplementando salários, duplicando ou triplicando o programa Bolsa Família, mas pediu aos empresários que eles mantenham a economia respirando.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Vai ter dinheiro para todo mundo, mas vamos manter a economia respirando, não vamos asfixiar a economia, não vamos matar a economia, se não a tragédia será muito pior”, afirmou.

Entre as sugestões recebidas pelos representantes do setor de comércio e varejo, Guedes observou que a antecipação de feriados do ano já foi aprovada.

Veja quem participou da conversa:

Marcelo Guaranys – Secretário Executivo
Afif Domingos – Assessor Especial do Ministro
José Tostes – Secretário Especial da Receita Federal
José Levi – Procurador-Geral da Fazenda Nacional
Bruno Bianco – Secretário Especial de Previdência e Trabalho
Diogo Mac Cord – Secretário de Desenvolvimento da Infraestrutura
Felipe Portela – Secretário Especial de Previdência e Trabalho Adjunto
Jose Levi – Procurador-Geral da Fazenda Nacional
Bruno Bianco – Secretários Especial de Previdência e Trabalho
Caio Megale – Diretor de Programas da Secretaria Especial de Fazenda
Banco Central:
João Manoel – Diretor de Organização do Sistema Financeiro
IDV:
Marcelo Silva – Presidente IDV
Antonio Carlos Pipponzi – Conselheiro IDV e Presidente do Conselho da Raia Drogasil
Flavio Rocha – Conselheiro IDV e Presidente do Conselho da Riachuelo
UNECS:
João Sanzovo Neto – Presidente da ABRAS – Associação Brasileira de Supermercados
Glauco Humai – Presidente da ABRASCE – Associação Brasileira de Shopping Centers
George Teixeira Pinheiro – Presidente da CACB – Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil
José César da Costa – Presidente CNDL – Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

(Com Reuters)

Compartilhar

No mercado há mais de 5 anos, o Money Times é referência em investimentos pessoais, educação financeira, gestão de carreiras e consumo no mercado brasileiro. No Money Times, investidores, analistas, gestores e entusiastas do ambiente econômico brasileiro usufruem de textos objetivos e de qualidade que vão ao centro da informação, análise e debate. Buscamos levantar e antecipar discussões importantes para o investidor e dar respostas às questões do momento. Isso faz toda a diferença.
equipe@moneytimes.com.br
No mercado há mais de 5 anos, o Money Times é referência em investimentos pessoais, educação financeira, gestão de carreiras e consumo no mercado brasileiro. No Money Times, investidores, analistas, gestores e entusiastas do ambiente econômico brasileiro usufruem de textos objetivos e de qualidade que vão ao centro da informação, análise e debate. Buscamos levantar e antecipar discussões importantes para o investidor e dar respostas às questões do momento. Isso faz toda a diferença.