Payroll consolida projeção de corte de juros nos EUA e economista destaca novo cenário: ‘a dúvida é se vai ser 0,25 ou 0,50 p.p’

Após o payroll de setembro, não resta mais dúvidas: o Federal Reserve (Fed) deve cortar a taxa de juros nos Estados Unidos na próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, sigla em inglês), ainda este mês.

Esta é a análise de Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad, entrevistado no Giro do Mercado desta sexta-feira (5), pela jornalista Paula Comassetto do Money Times.

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Segundo o especialista, a grande questão do momento é o tamanho do corte. “O debate vai ficar na dúvida se vem um corte de 0,25 ou 0,50 ponto percentual. Para calibrar o número desse primeiro corte vamos precisar ver o próximo dado de inflação“, afirmou.

A extensão dos cortes ao longo do resto do ano gera expectativas. Igliori ressalta que o mercado de apostas sobre o tamanho do corte ou quantos serão ainda em 2025 vem variando, com parte dos investidores esperando até quatro baixas.

Olhando para os números revelados pelo payroll, o especialista destacou que a taxa de desemprego já vem subindo há algum tempo, em razão do longo ciclo de aperto monetário. No entanto, desta vez a criação de vagas que ficou apenas em 22 mil, é o que surpreende. A expectativa do mercado era de 76 mil.

“Se estivéssemos olhando esses mesmos números no ano passado, a perspectiva teria uma perspectiva. Mas no contexto atual, em que as tarifas ainda estão começando a impactar o mercado, com uma incerteza muito alta, a preocupação é justificada”, disse Igliori.

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O economista ainda afirmou que os próximos dados de inflação dos EUA podem balizar ainda mais as expectativas. Se a inflação não der um grande sinal de avanço, a aposta de um corte de 0,50 p.p pode ganhar ainda mais força.

Sobre a incerteza em relação à economia americana desde a implementação da política tarifária do presidente Donald Trump, Igliori falou sobre a desvalorização do dólar e da proteção que o ouro representa na carteira do investidor.

O programa ainda abordou as tensões entre o presidente Trump e o Fed, além de outros destaques corporativos. Para acompanhar o Giro do Mercado na íntegra, acesse o canal do Money Times no YouTube.

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