Giro do Mercado

Payroll fragilizado pode retomar expectativa por mais um corte de juros nos EUA ainda em 2025, diz especialista

19 nov 2025, 14:49 - atualizado em 19 nov 2025, 14:49

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Os dados oficiais sobre a economia e o mercado de trabalho dos Estados Unidos voltam a ser divulgados nesta quinta-feira (20), após um longo período de shutdown, que paralisou as informações e aumentou as dúvidas sobre novos cortes de juros no país.

No Giro do Mercado desta quarta-feira (19), a jornalista Paula Comassetto recebeu Matheus Spiess, estrategista da Empiricus Research, para comentar sobre as expectativas para os próximos passos do Federal Reserve (Fed).

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Segundo ele, com o retorno das publicações regulares, o payroll de setembro deve configurar também uma fragilização do mercado de trabalho. Neste cenário, Spiess acredita que um novo corte pode ser destravado.

“O guidance que o Fed utilizou para começar a cortar os juros estaria mantido e, portanto, ele poderia cortar em dezembro”, disse o estrategista.

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Para Spiess, um número levemente abaixo ou em linha, seria suficiente para ancorar a expectativa de um corte adicional ainda este ano — movimento positivo para ativos globais.

No mercado de capitais dos EUA, o clima é de espera pelos resultados da Nvidia (NVDA). Devido aos sucessivos resultados positivos, o economista ressalta que a companhia precisa apresentar números “muito acima do esperado” para um movimento positivo das ações.

O estrategista destacou que, mesmo com resultados fortes no setor de tecnologia, houve diversas correções nas últimas semanas, motivadas tanto pelo receio de uma bolha de inteligência artificial (IA) quanto pela realização de lucros.

Ele afirmou, porém, não acreditar que já exista uma bolha instalada. “Eu não acredito que haja uma bolha. Podemos até estar caminhando para uma. Mas não me parece ser o caso ainda”, disse Spiess.

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O ritmo de um possível rali global dependerá ainda da combinação entre ata do Fed, que sai nesta tarde, e os dados do payroll, divulgados na quinta.

Fiscal fica de lado no Brasil

No cenário doméstico, Spiess afirmou que o mercado “escanteou” a agenda fiscal por falta de novidades — e pelo entendimento de que qualquer solução ficará para depois das eleições de 2026.

“O governo fracassou em tornar o Arcabouço fiscal exequível. O que apresentou é um emaranhado de puxadinho, de gambiarra, uma lambança legislativa”, afirmou.

Segundo ele, a dinâmica não é sustentável e a Bolsa subiu forte porque o mercado passou a precificar cortes de juros em 2025.

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O estrategista destacou ainda que o ciclo eleitoral tende a ganhar força nos preços, com pesquisas recentes mostrando desgaste do governo e avanço da oposição.

O programa ainda abordou o desempenho dos mercados e outros destaques corporativos. Para acompanhar o Giro do Mercado na íntegra, acesse o canal do Money Times no YouTube.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.

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