Política

‘Pede para sair’: Gleisi Hoffmann acha que Campos Neto deveria pedir demissão do Banco Central

02 mar 2023, 15:26 - atualizado em 03 mar 2023, 9:37
Gleisi Hoffmann, Banco Centra, Roberto Campos Neto
Gleisi Hoffmann trocou com Lula papel de criticar o Banco Central. Deputada quer a demissão de Roberto Campos Neto. (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, vestiu a camisa de algoz do Banco Central e segue criticando a autoridade monetária. Em entrevista a Guilherme Amado, colunista do Metrópoles, a deputada chegou a defender que Roberto Campos Neto deveria pedir demissão do cargo de presidente do Banco Central.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Ele [Campos Neto] tinha que pedir para sair do Banco Central. Ele não tem nada a ver com esse projeto que ganhou nas urnas”, disse Hoffmann ao ser questionada sobre a relação do chefe da autoridade monetária com o governo. “Seria mais fácil para ele, para nós, para todo mundo, para o Brasil”, completou.

  • Entre para o Telegram do Money Times!
    Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo. Clique aqui e faça parte!

Segundo ela, o governo atual quer um Banco Central que “cumpra o seu papel”, que é de controle da inflação, mas também de geração de emprego e de desenvolvimento. A deputada ainda disse que o país não precisa de um presidente do Banco Central que faça política, mas sim um que dê resultados.

No caso, para Hoffmann, resultado é sinônimo de redução da taxa de juros. Em janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva travou uma guerra com o BC por causa do atual patamar da Selic, que está em 13,75% ao ano desde agosto de 2022.

“Se ele quer um reposicionamento, ele acena que vai baixar a taxa de juros. É o que ele pode fazer de melhor para esse país”, diz.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A presidente do PT ainda aponta que, caso Campos Neto, não traga resultados, o governo deveria ter a opção de retirá-lo do cargo. No entanto, Lula não tem esse poder. A lei de autonomia do Banco Central diz que as mudanças na liderança da instituição precisam ser aprovadas no Senado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

Coordenadora de redação
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.