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Peers: a Revolução 5G, o impacto na sociedade, nos negócios e nos investimentos

01 set 2021, 15:24 - atualizado em 01 set 2021, 15:24
No Brasil a implementação está prevista para iniciar em 2022 nas grandes cidades, e as operadoras de telefonia móvel do país vão se beneficiar diretamente pelo aumento considerável de aparelhos conectados em sua rede com a internet das coisas (Imagem: REUTERS/Albert Gea)

Quando falamos em 5G, é importante entender porque essa tecnologia é tão disruptiva e porque será a plataforma de transformação digital nessa década. De forma geral, podemos resumir essa revolução em quatro fatores: velocidade, conectividade, latência e eficiência energética. 

  • Velocidade – o 5G promete ser de 50 a 100 vezes mais rápido que o 4G, chegando a velocidades de download de até 10 GB/segundo. Isso representa baixar filmes inteiros em 4K em menos de 10 segundos, o que hoje leva quase 10 minutos.
  • Conectividade – o 5G poderá conectar dez vezes mais aparelhos por km2 frente ao 4G. Se você já está em um evento com milhares de pessoas reunidas no mesmo local e a internet do seu celular travou, o 5G promete resolver isso, além de impulsionar a internet das coisas, sobre a qual vamos falar mais adiante.
  • Latência – O 5G deverá reduzir a média 0,5 milissegundo do 4G para 0,02 milissegundos. Fazendo uma analogia com o ser humano, chamamos de reflexo a nossa capacidade de reagir a um estímulo externo e demoramos em média 0,3 milissegundo. Carros autônomos e cirurgias a distância serão beneficiados com esse avanço, por exemplo.
  • Eficiência energética – estima-se que o 5G consuma menos de 90% de energia que o 4G. Isso permite que os aparelhos conectados à internet das coisas (IoT) tenham maior autonomia, já que em muitos casos não se pode recarregar ou trocar a bateria com certa frequência. 

Uma vez entendido o porquê de o 5G ser tão disruptivo, é importante pensarmos no cenário atual global após um ano e meio de pandemia provocada pelo COVID-19. Nesse período, a transformação digital acelerou, barreiras e preconceitos ruíram rapidamente. Serviços públicos e privados foram digitalizados da forma acelerada, nos adaptamos a trabalhar de casa, participamos de reuniões e eventos virtuais, projetos foram entregues, conexões e negócios são feitos nesse ambiente.

Aliado a isso, trilhões de dólares foram injetados no mercado global como forma de estímulo econômico. Grandes empresas, empreendedores, cientistas, startups, entre outros foram forçados a aplicar grandes orçamentos em pesquisa e desenvolvimento.

Nesse curto intervalo de tempo, muitas soluções foram implementadas no campo da saúde e da tecnologia, mas além disso os subprodutos de todo esse avanço serão aplicados nos próximos anos e darão suporte a grande parte do que vamos ver de desenvolvimento nessa década.

Traçando um paralelo com a crise imobiliária de 2008 nos EUA, quando trilhões de dólares foram injetados na economia e direcionados para pesquisa e desenvolvimento, vimos nascer um ecossistema baseado em startups de tecnologia que impulsionaram a economia americana em um crescimento consistente por dez anos, até ser interrompido pela pandemia. 

Trazendo para o campo prático, o desenvolvimento da tecnologia 5G, combinado a mudanças nos hábitos da sociedade, aceleração da transformação digital e a abundância de capital, habilitará uma nova estrada de crescimento em praticamente todos os setores da indústria e serviços.

No Brasil a implementação está prevista para iniciar em 2022 nas grandes cidades, e as operadoras de telefonia móvel do país vão se beneficiar diretamente pelo aumento considerável de aparelhos conectados em sua rede com a internet das coisas, além da procura dos consumidores para compra de celulares da nova geração. Por outro lado, serão forçadas a realizar investimentos pesados na aquisição de espectro e na implementação da nova rede 5G.

Já em relação as soluções tecnológicas que serão oferecidas, devemos fazer uma separação entre dois mundos, o que se aplica ao usuário faz o uso de um aparelho celular no seu dia a dia e o que será aplicado no setor industrial e de serviços.

Para os usuários de telefones celulares, podemos imaginar uma série de novos aplicativos que se beneficiarão dessa ruptura tecnológica. Pode-se incluir soluções baseadas em realidade virtual com aplicação nos campos da educação, trabalho e jogos on-line, assim como monitoramento em tempo real da saúde. 

Já para o setor industrial e de serviços, com mais aparelhos conectados, internet das coisas e o avanço da inteligência artificial, as mudanças serão ainda mais percebidas.

A cadeia de valor da indústria será mais eficiente, com robôs mais conectados, precisos e velozes, operando nas fábricas, centros logísticos e distribuição no varejo. Conexão e automação ganharão velocidade no agronegócio, trazendo maior produtividade. No setor de saúde, abre-se a possibilidade de cirurgias remotas e melhor acompanhamento da saúde dos pacientes. Cidades inteligentes conectadas, com carros autônomos, drones e robôs realizando entregas, cuidando do trânsito e da limpeza.

Com todo esse contexto pode-se projetar um cenário de criação de valor, geração de novos negócios, aceleração do surgimento de novas startups, movimentos de M&A e novos IPOs, que vão impulsionar o crescimento da economia nos próximos anos com o 5G sendo a tecnologia habilitadora.

(Imagem: Divulgação/Peers Consulting)

Por Miguel Vieira, associado da Peers Consulting há 1 ano. Atualmente atua como gerente associado e lidera as práticas de M&A da Peers. Formado em Administração de Empresas pela PUC, possui MBA em Finanças pela FIA e cursos executivos de negócios pelas universidades de Stanford e MIT. Atuou também como gerente de M&A na KPMG e em posições estratégicas na Telefonica | Vivo durante a consolidação setor de Telecom no Brasil.

Peers Consulting, a consultoria de negócios que mais cresce no Brasil. A Peers nasceu em 2012 e, desde então, a receita vem crescendo a uma taxa média de crescimento (CAGR) de 40% ao ano. O faturamento em 2020 fechou em R$ 35 milhões, superando em 30% a meta e com um crescimento de 70% sobre o ano anterior. Atende apenas gigantes como Grupo Boticário, Cogna (Ex Kroton), Yduqs, Alpargatas, Marisa, Grupo Fleury e diversas companhias do portfólio de fundos de private equity.
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