Combustíveis

Pelo acréscimo previsto da nova gasolina e eficiência maior em dúvida, etanol não teria impacto

16 jul 2020, 10:35 - atualizado em 16 jul 2020, 11:41
Mercado especula com acréscimo dos preços da nova fasolina enquanto a Petrobras não divulga repasse (Imagem: Pixabay)

Em 20 dias, a nova gasolina será obrigatória nas revendas, mas a Petrobras (PETR3; PETR4) ainda não divulgou o acréscimo de preço que o consumidor pagará. Fica a expectativa da relação custo contra o benefício da eficiência, que é a única variável divulgada pela estatal, de 6%, além da menor emissão de poluentes, que prevaleceriam a partir de 3 de agosto.

O setor de etanol espera para fazer as contas para ver se o combustível de petróleo vai ganhar ou perder competividade. Mas, pelo que se sabe, não haverá ganhadores ou perdedores.

Martinho Ono, CEO da SCA Trading, acha muita coisa o consumo da gasolina ser reduzido em 6%, como, além da petroleira, engenheiros automotivos têm falado.

Mas, se de fato chegar a isso, talvez o etanol possa ter um impacto, porque Ono ouviu, e também acredita, em acréscimo de 5 a 7 centavos na gasolina A, que forma a composição de preço da gasolina C, junto com os 27% de etanol anidro na mistura e outros fatores de custos.

Na canetada final, consolidado esse valor de repasse, na bomba a gasolina ficaria de 3 a 4 centavos mais cara, contabiliza. Impacto irrisório em valor para uma maior rodagem.

Mas abaixo da economia de 6% em consumo, não daria nem tiraria competitividade da gasolina, além da influência normal das cotações do petróleo.

Portanto, nenhum desbalanceamento no mercado de combustível a qualquer dos ativos de energia.

Quanto ao potencial de aumento da gasolina entre 10 e 15 centavos, que alguns sindicatos de postos estaduais têm deduzido, Martinho Ono, um dos mais ativos traders do setor, com passagens por petroleiras, acredita ser “mera especulação”. A menos que as margens das distribuidoras e varejo sejam mais valorizadas.

No entanto, seria de bom tamanho para o etanol.

 

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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