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Ibovespa desaba 4% com especulações sobre Guedes; agentes sugerem carteiras defensivas

22 out 2021, 10:58 - atualizado em 22 out 2021, 13:09
Ibovespa
Às 12:33, o Ibovespa mostrava baixa de 4,2%, aos 103.227,02 pontos (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O principal índice da bolsa brasileira afundava nesta sexta-feira, com o pessimismo com o quadro macroeconômico evoluindo para especulações sobre demissão do ministro da Economia, Paulo Guedes, e especialistas passando a sugerir que investidores busquem papéis de empresas experientes em superar crise.

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Às 12:33, o Ibovespa mostrava baixa de 4,2%, aos 103.227,02 pontos, em novas mínimas desde novembro passado.

Segundo o G1, o presidente Jair Bolsonaro autorizou sondagem de um nome para substituir Guedes, mesmo após ter reafirmado na véspera que manterá o atual ministro no cargo.

Guedes cancelou participação em evento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) nesta sexta-feira, alegando despachos internos.

Simultaneamente, várias casas de análise pioravam suas perspectivas para crescimento econômico, inflação, juros e dívida pública para 2021, incluindo Morgan Stanley, Credit Suisse e UBS.

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Em relatório a clientes, a Levante Investimentos recomendou “monitorar ações de empresas sólidas, rentáveis e com ‘track record’ comprovado de superação de momentos de crise”, indicando evitar ações de estatais e das ligadas ao consumo doméstico.

Nesse cenário, ações ligadas a exportações de commodities, como Vale e Suzano, se isolavam entre as altas da sessão.

Na outra ponta, papéis de empresas baseadas em expansão acelerada voltavam a ser as líderes de perdas, como de bancos digitais e companhias de comércio eletrônico.

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Destaques

Getnet (GETT11) desabava 22,4% com a empresa de pagamentos do Santander (BSBR) na terceira sessão seguida no vermelho, o que esvaziava os fortes ganhos após sua estreia na segunda-feira.

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Banco Inter (BIDI3) despencava 12,4%, Banco Pan (BPAN4) perdia 8,9%, com os bancos digitais saindo do radar dos investidores num cenário de juros em elevação, justo no momento em que ampliavam apostas no crédito.

Soma (SOMA3) devolvia 10,4%, Americanas (AMER3) declinava 9,3% e Lojas Renner (LREN3) perdia 8,9%, diante da rápida deterioração das expectativas para o cenário das empresas ligadas ao consumo doméstico.

Eletrobras (ELET3) era depreciada em 6,8%, Petrobras (PETR3) ruía 5,1%, na esteira de temores de que estatais sejam também envolvidas pelo governo em medidas populistas durante o ano eleitoral de 2022.

Suzano (SUZB3) disparava 8,4%, estendendo ganhos da véspera, quando anunciou plano de antecipar meta de remover 40 milhões de toneladas de CO2 da atmosfera, de 2030 para 2025.

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No setor, Klabin (KLBN3)  ganhava 6,5%, após o Bank of America reforçar recomendação de compra para a ação.

Vale (VALE3) subia 1,4%, mesmo em dia de queda dos preços do minério de ferro, uma vez que o pagamento de um cupom de dívida da incorporadora Evergrande (EGRNF) amenizou temores de crise no setor imobiliário chinês, principal mercado da companhia.

No setor, Gerdau (GGBR4GGBR3) tinha baixa de 0,45%, Usiminas (USIM3) perdia 1,8% e CSN (CSNA3) caía 1,3%.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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