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Pessimismo do pregão derruba Raia Drogasil; lucro do quarto semestre fica dentro da expectativa

20 fev 2020, 17:04 - atualizado em 20 fev 2020, 17:04
Raia Drogasil RADL3
A empresa reportou lucro líquido dentro do esperado pelo mercado no período, mostrando crescimento cerca de 18% sobre o resultado dos últimos três meses de 2018 (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

As ações da Raia Drogasil (RADL3) operam com perdas na tarde desta quinta-feira (20), influenciada pelo clima de aversão ao risco que predomina na sessão. A rede de drogarias divulgou na noite de ontem o balanço do 4º trimestre do ano passado.

A empresa reportou lucro líquido dentro do esperado pelo mercado no período, mostrando crescimento cerca de 18% sobre o resultado dos últimos três meses de 2018.

A Raia Drogasil teve lucro líquido de R$ 143,27 milhões no quarto trimestre ante expectativa média de analistas compilada pela Refinitiv de R$ 141,6 milhões.

Após os papéis operarem com alta durante a manhã, o sentimentos de aversão ao risco que derruba o Ibovespa leva junto as ações da companhia. Às 15h25, os ativos perdiam 1,03% a R$ 119,00, com pico de R$ 122,21.

Para o BTG Pactual (BPAC11), embora reconheça que a RD já negocia com uma avaliação exigente (em 56x P/E 2020), o que limita a vantagem do curto prazo, continua a vendo a empresa com um impulso sólido.

Os analistas entendem que a execução superior da RD (que reduz o risco de execução de seu plano de expansão agressivo, especialmente em novas regiões e com novos formatos) deve permitir entregar CAGR consistente de 20% nos próximos anos, o que justifica a visão positiva a longo prazo.

A empresa apurou geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 350,43 milhões de reais, avanço sobre os 311,1 milhões de um ano antes.

O desempenho, porém, ficou abaixo dos 413,5 milhões esperados, em média, pelo mercado, segundo a Refinitiv.

A RD afirmou que as despesas com vendas representaram 18,3% da receita bruta, abaixo dos 18,8% de um ano antes, mas acima dos 17,9% do período de julho a setembro do ano passado. As vendas mesmas lojas subiram 9,2% no quarto trimestre.

A companhia terminou 2019 com 2.073 lojas após 1.825 ao final de 2018.

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