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Petrobras: coronavírus não vira “catástrofe” e analistas mantêm a fé no papel

28 abr 2020, 14:37 - atualizado em 28 abr 2020, 14:37
Petrobras
Imunidade: Petrobras não foi tão atingida pela pandemia, quanto se esperava (Imagem: Valter Silveira/Money Times)

A prévia operacional divulgada pela Petrobras (PETR3; PETR4) e, sobretudo, a notícia de que a demanda da companhia ficou acima da prevista em abril reforçaram a confiança dos analistas em relação ao potencial das ações da petrolífera. Os primeiros relatórios divulgados, pelo menos, apontam nessa direção.

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Thiago Duarte, Pedro Soares e Daniel Guardiola, que assinam o relatório do BTG Pactual, observam que, embora os resultados estejam “indiscutivelmente abaixo do potencial da Petrobras, defendemos que os impactos da Covid-19 nos volumes de produção e vendas estiveram longe de ser catastróficos”.

Cauteloso, o trio acrescenta um “pelo menos, até agora”, e lembra que alguns dos pilares que sustentavam sua tese de investimentos na Petrobras desmoronaram. Os principais eram a expectativa de que a companhia reduzisse seu nível de endividamento e a estratégia de redução de riscos.

Mas, o BTG Pactual afirma que, apesar de tudo, algumas métricas sustentam o otimismo com a empresa. O valor de mercado, por exemplo, é atualmente apenas um terço do valor da empresa (enterprise value, que soma o valor de mercado aos ativos e dívidas de uma companhia).

Dívidas, o ponto a ser acompanhado

“Isso significa que a Petrobras é, mais do que nunca, uma empresa alavancada no setor de petróleo”, diz o banco. Seu otimismo, porém, vem de uma “visão mais construtiva” sobre o longo prazo da empresa, que inclui a expectativa de recuperação dos preços do petróleo no mercado mundial.

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Tudo somado, o BTG recomenda a compra das ações, com preço-alvo de US$ 9 para a ADR (American Depositary Receipt) da companhia (PBR) negociada em Nova York.

Esse também é o ponto em que o UBS se apega para sustentar sua recomendação de compra para as ações da Petrobras, com preço-alvo de R$ 23 para PETR3 e de R$ 21 para PETR4.

“Reconhecemos que o caso de investimento da Petrobras é, por ora, fortemente dependente da recuperação do preço do petróleo”, dizem Luiz Carvalho e Gabriel Barra, que assinam a análise. “Mas, vemos um significativo upside, quando o óleo voltar a um patamar mais alto”, acrescentam.

Os investidores parecem concordar com as avaliações. Por volta das 14h25, as ações preferenciais (PETR4) subiam 2,8% e eram negociadas a R$ 16,91. Já as ordinárias (PETR3) avançavam 4,46%, para R$ 17,55. O Ibovespa, principal índice da B3, rendia 3,33%, aos 80.843 pontos.

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
marcio.juliboni@moneytimes.com.br
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