Comprar ou vender?

Petrobras é a melhor ação para enfrentar riscos e pode pagar dividendos de até 22%

19 nov 2021, 13:55 - atualizado em 19 nov 2021, 15:31
Petrobras
“Olhando para os próximos seis meses, tendemos a preferir nomes com fluxos de caixa mais estáveis”, justificam os analistas da Ágora Investimentos (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

Prevendo um cenário macroeconômico mais difícil, a Ágora Investimentos reorganizou suas preferências no setor de petróleo e gás.

Segundo os analistas Vicente Falanga e José Cataldo, a melhor empresa para ter nesse momento é a Petrobras (PETR3;PETR4), seguida por PetroRio (PRIO3) e Vibra (VBBR3). 

“Olhando para os próximos seis meses, tendemos a preferir nomes com fluxos de caixa mais estáveis, de preferência antecipados e apoiados por dividendos e recompras”, afirmam.

Por que a Petrobras?

Ao eleger a Petrobras como preferida, a dupla argumenta que uma redução do preço do petróleo nos próximos meses pode melhorar as manchetes do preço do combustível e as tentações de interferir na política de preços da empresa.

“Enquanto isso, seu FCFE (fluxo de caixa livre do acionista) é notavelmente avançado em comparação com empresas puras de exploração e produção, a ponto de o próximo rendimento de dividendos de seis a nove meses chegar a 22%”, argumentam.

Eles ainda dizem que as notícias sobre um potencial fundo de estabilização de combustível são positivas. Uma das propostas é a Petrobras utilizar os dividendos para se defender da alta dos combustíveis.

Em relatório desta semana, o gigante UBS conclui que nem mesmo as eleições representam um risco majoritariamente negativo para a estatal. “Temos sinalizado continuamente que não esperamos nenhuma interferência na política de preços da Petrobras e vemos a empresa gerando resultados sólidos”, disseram os analistas.

Outras opções

Segundo a Ágora, a Vibra também é vista como boa opção para enfrentar o cenário mais difícil. Na visão da dupla, a companhia possui uma boa dinâmica no setor, aliado a um “sólido fluxo de caixa com boa visibilidade e estabilidade, lastreado em recompras e dividendos”.

Já a PetroRio é a última da lista de preferências, devido ao que os analistas veem como uma possível queda no valor dos dividendos. No começo do mês, a empresa abriu o caixa ao arrematar os campos de Albacora e Albacora Leste da Petrobras (PETR3PETR4) por US$ 4 bilhões.

Os analistas da Ágora ponderam que a empresa é a que tem maior potencial para criar valor por meio de menos “dependência do petróleo”. 

“A ação também tem uma liquidez incrível em comparação com outros nomes puros E&P e é um ótimo complemento para carteiras para minimizar a exposição a riscos domésticos no Brasil”.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.