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Petrobras ficará menor, mas mais rentável, avalia Credit Suisse

16 set 2020, 12:03 - atualizado em 16 set 2020, 12:24
PETR4 Petrobras
A Petrobras revisou os investimentos do portfólio de E&P para aproximadamente US$ 40 bilhões a US$ 50 bilhões entre 2021 e 2025 (Imagem: Reuters/Sergio Moraes)

A redução de investimentos em exploração e produção (E&P) e a inclusão de novos ativos na carteira de desinvestimentos vão diminuir o tamanho do portfólio da Petrobras (PETR4), mas também tornará a empresa mais rentável, disse o Credit Suisse.

Em fato relevante de segunda-feira (14), a estatal informou que revisou as estimativas de investimento do portfólio de E&P para aproximadamente US$ 40 bilhões a US$ 50 bilhões entre 2021 e 2025 (versus US$ 64 bilhões no plano 2020-2024).

De acordo com a companhia, Búzios receberá 35% dos investimentos em exploração e produção nos próximos anos, enquanto outras áreas no pré-sal terão 26%. Ativos no pós-sal, como Marlim, Marlim Sul, Marlim Leste e Roncador, receberão 22% dos valores previstos.

Sobre a carteira de desinvestimentos, a Petrobras não deu detalhes dos ativos incluídos. As informações relacionadas ao potencial impacto dos novos planos e o cronograma de início das novas plataformas serão divulgadas no fim de novembro, durante o Petrobras Day.

Na avaliação do Credit Suisse, a Petrobras pode estar planejando desinvestimentos adicionais de ativos do pós-sal, como uma fatia em Marlim.

O banco reiterou a recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) para as ADRs (American Depositary Receipts) da estatal, com preço-alvo em 12 meses de US$ 15, por defender uma boa perspectiva quanto às operações upstream.

“As operações upstream da Petrobras vão se tornar cada vez mais resilientes contra a queda dos preços de petróleo, considerando um preço de equilíbrio máximo de US$ 35/barril do Brent em novos projetos”, comentou Regis Cardoso, autor do relatório divulgado aos clientes.

Plataforma da Petrobras
A inclusão de novos ativos no plano de investimentos deve impactar o crescimento de produção da Petrobras (Imagem: Facebook/ Divulgação/Petrobras)

Mais realista

O BTG Pactual (BPAC11) recebeu bem a notícia da revisão e defendeu que o movimento traz uma perspectiva mais realista ao plano de investimento da Petrobras.

“No passado, a Petrobras falhou diversas vezes em investir de acordo com seu orçamento”, afirmaram os analistas Thiago Duarte, Pedro Soares e Daniel Guardiola. “A revisão contribuirá para reduzir (se não eliminar) a diferença”.

A inclusão de novos ativos no plano de desinvestimentos deve impactar o crescimento de produção da Petrobras. A falta de informações sobre o assunto impossibilita projeções precisas, mas o BTG manteve as estimativas para 2020 em linha com o guidance da companhia e reforçou a expectativa de crescimento de 4,4% e 4,9% da curva de produção em 2021 e 2022, respectivamente.

Os analistas reiteraram a recomendação de compra das ADRs da empresa e elevaram o preço-alvo de US$ 10 a US$ 12 para os próximos 12 meses.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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