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Petrobras mostra “postura ambiciosa” com plano de desinvestimento de ativos, comenta XP

15 set 2020, 12:58 - atualizado em 15 set 2020, 12:58
PETR4 Petrobras
Para os analistas da XP Investimentos, a revisão do portfólio de exploração e produção (E&P) “é uma sinalização positiva para a geração de caixa da Petrobras” (Imagem: Reuters/Sergio Moraes)

A Petrobras (PETR4) revisou seu portfólio de exploração e produção (E&P) por conta da crise provocada pela pandemia de covid-19, de acordo com o fato relevante divulgado nesta segunda-feira (14). As novas estimativas da companhia envolvem uma redução de investimentos para aproximadamente US$ 40 bilhões a US$ 50 bilhões entre 2021 e 2025 (versus US$ 64 bilhões no plano 2020-2024).

A revisão se aproxima das projeções da XP Investimentos, na faixa dos US$ 56 bilhões para o mesmo período.

“Ainda que a revisão de orçamento em E&P possa impactar negativamente as estimativas de produção de petróleo futura da Petrobras do mercado, acreditamos que nossas estimativas já incorporam tal efeitos, uma vez que não incorporamos em nossas estimativas todas as plataformas de petróleo previstas pela Petrobras no futuro (apenas àquelas para a qual já foi contratada a construção)”, comentou a corretora.

P-74 no campo de Búzios no pré-sal da Bacia de Santos
De acordo com a estatal, Búzios receberá 35% dos investimentos em exploração e produção nos próximos anos (Imagem: Petrobras/ André Ribeiro)

De acordo com a estatal, Búzios receberá 35% dos investimentos em exploração e produção nos próximos anos, enquanto outras áreas no pré-sal terão 26%. Ativos no pós-sal, como Marlim, Marlim Sul, Marlim Leste e Roncador, receberão 22% dos valores previstos.

A Petrobras também disse que incluiu novos ativos na sua carteira de desinvestimentos, mas não deu detalhes sobre o assunto. Segundo a empresa, informações sobre o potencial impacto dos novos planos e o cronograma de início das novas plataformas serão divulgadas no fim de novembro, durante o Petrobras Day.

Para os analistas da XP, a revisão do orçamento “é uma sinalização positiva para a geração de caixa da Petrobras”, enquanto o plano de desinvestimentos de ativos mostra “uma postura mais pragmática e ambiciosa” por parte da companhia.

A corretora manteve a recomendação de compra da ação, com preço-alvo de R$ 30.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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