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Petrobras: opinião da DeGolyer and MacNaughton sobre excedentes sai em 30 dias

06 nov 2017, 10:54 - atualizado em 06 nov 2017, 10:54

A Petrobras veio ao mercado com esclarecimento sobre os volumes da cessão onerosa, depois que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) anunciou levantamento feito pela Gaffney, Cline & Associates.

Segundo a consultoria contratada pela ANP, há probabilidade de 90% de que os volumes recuperáveis sejam de 6,068 bilhões de barris de petróleo equivalente e de 50% de que somam 10,836 bilhões de barris. E há 10% de chances de o volume disponível ser de 15,062 bilhões de barris de petróleo.

A Petrobras conta que contratou a elaboração de laudos junto à DeGolyer and MacNaughton e que “ambas as certificadoras são reconhecidas como referências internacionais na indústria do petróleo”.

O laudo da DeGolyer and MacNaughton, contratado pela Petrobras, foi preparado visando a quantificação dos fluxos de caixa das áreas da Cessão Onerosa, para suportar a valoração dos 5 bilhões de barris contratados, e não aborda cenários de volumes excedentes.

“A Petrobras, baseando-se no grande volume de dados que adquiriu, construiu suas próprias estimativas dos volumes excedentes, cujos limites estatísticos superior e inferior são menores que aqueles divulgados pela ANP”. Mas como a existência de volumes excedentes constitui oportunidade para ambas as partes na revisão do contrato e “visando embasar uma eventual negociação relacionada ao pagamento na forma de direitos sobre os volumes excedentes”, a Petrobras informa que está complementando sua avaliação acerca desses volumes, e que a opinião da DeGolyer and MacNaughton estará disponível em cerca de 30 dias.

A companhia admite que há volumes excedentes. “Ao longo destes 7 anos, com o volume de informações adquiridas através da perfuração de mais de 50 poços e de testes produção de longa duração, e com o amplo conhecimento adquirido na camada pré-sal da Bacia de Santos, foi possível concluir que há volumes superiores aos 5 bilhões de barris equivalentes contratados originalmente.”

O comunicado esclarece ainda que o contrato da Cessão Onerosa, por meio do qual a Petrobras adquiriu o direito de produzir até 5 bilhões de barris em áreas do pré-sal, foi assinado com a União em 2010 e que o início da produção comercial se dará no primeiro semestre de 2018. Foram declaradas as comercialidades dos campos de Búzios, Sépia, Itapu, Sul de Lula, Sul de Sapinhoá, Norte e Sul de Berbigão, Norte e Sul de Sururu e Atapu.

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