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Petrobras (PBR): Dividendos volumosos compensam risco eleitoral; Credit Suisse vê alta de 52% para ADR

19 set 2022, 14:05 - atualizado em 19 set 2022, 14:05
Petrobras
O Credit Suisse acredita que a Petrobras pode anunciar até US$ 9-12 bilhões em dividendos (yield de 11-14%) no terceiro trimestre de 2022 (Imagem: Money Times/Renan Dantas)

O Credit Suisse elevou o preço-alvo do ADR (American Depositary Receipt) da Petrobras (PBR), de US$ 18 para US$ 20, e reiterou sua recomendação de “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a “compra”).

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O novo preço-alvo para o ADR implica um potencial de valorização de 52,6% em relação à cotação do último fechamento.

A atualização do alvo reflete maiores expectativas para os preços do Brent no longo prazo. Analistas elevaram as estimativas para o barril do petróleo Brent a US$ 75 em 2025 (ante US$ 70) e US$ 70 em 2026 (ante US$ 65).

“Para o longo prazo, as mudanças em nossas estimativas refletem a inflação na cadeia de oferta upstream, visto que os custos de capital aumentaram 20% desde o fundo em 2016-2020″, comentam Regis Cardoso e Marcelo Gumiero, responsáveis pelo relatório publicado neste domingo (18).

Para o curto e médio prazo, os preços do petróleo devem atingir US$ 90 no quarto trimestre de 2022, US$ 85 em 2023 e US$ 80 em 2024, prevê o Credit Suisse.

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Segundo o banco, o enfraquecimento da atividade econômica deve frear a recuperação pós-Covid na demanda por petróleo, embora os preços possam receber suporte da administração do mercado feita pela Opep+.

Bom retorno supera riscos

Faltando poucas semanas para o primeiro turno das eleições presidenciais no Brasil, analistas do Credit Suisse esperam que a volatilidade continue pesando sobre as ações da Petrobras.

Apesar disso, os especialistas seguem positivos com a tese de investimento da estatal, com o retorno se mostrando maior que os riscos.

Segundo o Credit Suisse, após uma série de reduções de preços nos combustíveis tanto no mercado internacional quanto no doméstico, a Petrobras deve gerar US$ 8 bilhões de fluxo de caixa livre em cada trimestre e distribuir todo esse dinheiro como dividendos.

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“Dentro de um horizonte de tempo de seis meses, estamos olhando para cerca de 20% de retorno só em yields”, afirmam Cardoso e Gumiero.

O Credit Suisse elevou as estimativas de Ebitda da companhia para 2022 em 13%, a US$ 72 bilhões (Imagem: Bloomberg)

Os analistas estimam que a Petrobras gerará US$ 9 bilhões em fluxo de caixa livre no terceiro trimestre de 2022 e mais US$ 8 bilhões nos últimos três meses do ano, considerando que os preços permaneçam estáveis e o Brent fique em US$ 90/barril.

“Dessa forma, acreditamos que a Petrobras pode anunciar até US$ 9-12 bilhões em dividendos (yield de 11-14%) no terceiro trimestre de 2022, se decidir antecipar parcialmente a geração de caixa do quarto trimestre de 2022 para os dividendos do terceiro trimestre de 2022”, completam.

Nesta segunda (19), a Petrobras anunciou uma nova redução do preço médio de venda do diesel, de R$ 5,19 para R$ 4,89 por litro, que passará a ser praticada amanhã.

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O Credit Suisse elevou as estimativas de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia para 2022 em 13%, a US$ 72 bilhões. Para 2023, a projeção foi mantida em US$ 53 bilhões.

Além da mudança do preço-alvo para PBR, o Credit Suisse atualizou as estimativas para PRIO (PRIO3). O preço-alvo da ação foi elevado de R$ 38 para R$ 42, enquanto a recomendação segue como outperform.

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Money Times publica matérias informativas, de caráter jornalístico. Essa publicação não constitui uma recomendação de investimento.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.